Contribuindo:
Dutra(2002) entende desempenho como o conjunto de entregas e resultados de uma pessoa para a organização, o que implica em três dimensões diferentes que devem receber, também, diferentes avaliações:
a) nível de desenvolvimento: quanto de complexidade a pessoa consegue lidar;
b) esforço: quanto de motivação e oportunidade de aplicação a pessoa possui para realizar o trabalho; e
c) comportamento: suas ações no trabalho.
FONTE: DURAN, Cristiana. Gestão de Pessoas – Coleção Concursos Públicos. 1º edição. Salvador: JusPODIVM, 2016. (adaptado).
bons estudos
Desenvolvimento: para facilitar o entendimento, reflita acerca do seguinte exemplo: Joana é capaz de trabalhar, namorar e estudar. Bruno, seu irmão, apenas estuda e tem a ousadia de dizer que está sempre cansado. Portanto, a mãe deles, Sylvia, jamais poderá avaliar o desempenho de ambos da mesma forma, visto que Joana se encontra num nível de desenvolvimento diferente de seu irmão, pois ela está apta a absorver mais atividades num mesmo período de tempo que ele. Observe que, se você acredita ser esse exemplo longínquo da realidade organizacional, está completamente enganado, na medida em que muitos são os casos de pessoas que executam não apenas um número maior de atividades, quantitativamente falando, mas também atividades de maior grau de complexidade do que outras.
Esforço: vale distingui-lo do desenvolvimento, para evitar eventuais equívocos de interpretação; desta forma, um exemplo é aconselhável. Retomando o exemplo anterior, da família de Sylvia, imagine que os irmãos, Joana e Bruno, em determinado dia, passem a incorporar a tarefa de fazer as compras do mês. Bruno, sem alternativa, irá se esforçar para ir ao supermercado e executar a sua tarefa. Já Joana, com alguma habilidade maior para lidar com um nível de complexidade também maior, pode, por exemplo, resolver fazer as compras pela Internet e quando chegar tudo já estará em sua casa.
Comportamento: por mais óbvio que possa parecer, é fundamental saber que o comportamento das pessoas afeta o ambiente em que estas se encontram, podendo, contudo, influenciar, ou não, as duas perspectivas anteriores do exemplo com a família da Sylvia. Prosseguindo com o exemplo da família, imagine a seguinte situação: no dia das compras do mês, Joana briga com seu namorado, Gustavo, e se encontra totalmente desnorteada alegando que não está em condições de executar qualquer tarefa, incluindo as compras do mês. Desta forma, seu irmão fica responsável pela execução da tarefa, mas não aceita a ideia de que só porque a irmã brigou com o “namoradinho” ele vai ter que fazer compras, deixando de ir jogar o seu futebolzinho sagrado. Transportando a atitude de nossas personagens para a realidade das organizações, antes de julgar se o comportamento de Joana foi correto ou não, deve-se realizar uma análise por múltiplas fontes (a famosa avaliação 360 graus, que será detalhada mais à frente).
Fonte: Araújo livro de GP