Alternativas
Embora existam recomendações, não se conseguiu alinhamento das práticas do consultório na rua com as diretrizes da política para atenção integral a pessoas que usam álcool e outras drogas bem como com as demais políticas do Ministério da Saúde.
A etapa que antecede a operacionalização do consultório na rua é a abertura de campo, em que se buscam identificar as lideranças do grupo ou da comunidade, para que a equipe possa se instalar no território, sem com isso interferir de forma invasiva no seu espaço de vida.
Embora atue na ponta, com um público de especificidades complexas, que apresenta queixas e demandas múltiplas, o consultório na rua não deve ser visto como um instrumento de saúde para articulação, pois opera com equipe multiprofissional, capaz de executar suas atividades com autonomia.
A estrutura de funcionamento dessa modalidade de assistência é constituída por uma equipe volante mínima com formação multidisciplinar, integrada por profissionais da saúde mental, da atenção básica, de pelo menos um profissional da assistência social e, eventualmente, oficineiros que possam desenvolver atividades de arte-expressão.
Nem o tratamento para o usuário de álcool e outras drogas, ofertado pela rede de serviços públicos de saúde, nem o acesso a ações e serviços compatíveis são especificamente prioritários do consultório na rua, visto que compreendem uma ação prevista nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) para qualquer cidadão.