De
certa forma, o próprio enunciado da questão acabou por sinalizar a resposta
correta. Com efeito, ao afirmar que os indivíduos, ao serem investidos em uma
função pública, passam a deter poderes e deveres específicos do cargo ou da
função, a Banca evidenciou que, na realidade, as prerrogativas não pertencem a
pessoa, em si, que titulariza o cargo ou a função, mas sim pertencem ao próprio
cargo ou função e devem ser exercidas como forma de que seu titular se
desincumba de seus deveres funcionais. É até mesmo intuitivo que a ninguém é
dado, fora do exercício de suas funções, invocar prerrogativas do cargo, em
proveito próprio, apenas para satisfazer desejos ou comodidades pessoais. E
isto porque, em tais ocasiões, a pessoa não estará agindo visando a atingir um
interesse público. Por óbvio, portanto, ao deixar o exercício do cargo ou
função, por exemplo, em razão de uma aposentadoria, o indivíduo não permanece no gozo das respectivas prerrogativas do
cargo, justamente porque estas somente têm sentido se e enquanto a pessoa
estiver exercendo uma dada função pública.
À
luz das premissas de raciocínio acima estabelecidas, é evidente que a única
resposta adequada encontra-se na letra “a".
Resposta:
A
GABARITO: LETRA A
De certa forma, o próprio enunciado da questão acabou por sinalizar a resposta correta. Com efeito, ao afirmar que os indivíduos, ao serem investidos em uma função pública, passam a deter poderes e deveres específicos do cargo ou da função, a Banca evidenciou que, na realidade, as prerrogativas não pertencem a pessoa, em si, que titulariza o cargo ou a função, mas sim pertencem ao próprio cargo ou função e devem ser exercidas como forma de que seu titular se desincumba de seus deveres funcionais. É até mesmo intuitivo que a ninguém é dado, fora do exercício de suas funções, invocar prerrogativas do cargo, em proveito próprio, apenas para satisfazer desejos ou comodidades pessoais. E isto porque, em tais ocasiões, a pessoa não estará agindo visando a atingir um interesse público. Por óbvio, portanto, ao deixar o exercício do cargo ou função, por exemplo, em razão de uma aposentadoria, o indivíduo não permanece no gozo das respectivas prerrogativas do cargo, justamente porque estas somente têm sentido se e enquanto a pessoa estiver exercendo uma dada função pública.
FONTE: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico