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ID
114556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Com relação aos tipos de entrevistas, julgue os itens que se
seguem.

Na entrevista ritual, geralmente, é difícil encontrar algo importante no que é declarado.

Alternativas
Comentários
  • questão totalmente sem noção

  • Lage classifica as entrevistas quanto aos objetivos (ritual, temática, testemunhal, em profundidade) e quanto às circunstâncias de realização (ocasional, confronto, coletiva, dialogal).


    Quanto aos objetivos:



    1) A entrevista ritual se caracteriza pela brevidade e por centrar-se mais no entrevistado que naquilo que ele tem a dizer. Um exemplo desse tipo é a entrevista de jogadores após uma partida de futebol;

    LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, pp. 74-78.


    Portanto, a questão não é sem noção, e sim baseia-se em uma classificação de um conceituado autor!

  • Concordo com o exemplo "fim de uma partida de futebol". Todos sabem o que os jogadores irão dizer (valeu demais, lutamos para jogar, jogamos com garra, etc...), mas é preciso ouvi-los, pois o telespectador espera por isso (algo como um ritual mesmo!)

  • Dá para acertar a questão só pelo sentido da palavra "ritual". Ritual é um costume, algo previsível, logo, trazendo para o viés jornalístico, não há de se esperar novidades.

  • Acrescentando: Segundo Nilson Lage, "as declarações [em entrevistas rituais] ou são irrelevantes, ou esperadas, ou ainda mera formalidade a que, por algum motivo, se atribui dimensão simbólica. [...] Buscam-se desvios e falhas de protocolo, nuanças na fala diplomática [...]. Mas, em geral, frustra-se o esforço para encontrar algo importante no que é declarado".

  • Transcrição literal de Lage. "- rituais - são geralmente breves. O ponto de interesse está mais centrado na exposição (da voz, da figura) do entrevistado do que no que ele tem a dizer [...] Mas, em geral, frustra-se o esforço para encontrar algo importante no que é declarado." (LAGE, p. 33)

    Fonte: LAGE, Nilson; A reportagem