SóProvas


ID
1145719
Banca
PC-SP
Órgão
PC-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Criminologia

Consolidada na década de 70 e inspirada nas idéias marxistas, alçou a sociedade capitalista a categoria de principal desencadeador da criminalidade.

O texto se refere à:

Alternativas
Comentários
  • Nascida na década de 60, a criminologia nova ou crítica, de modo sistemático e original, confronta as aquisições das teorias sociológicas sobre crime e controle social com os princípios da ideologia e da defesa social.

    Como se observa criminologia crítica apresentou uma mudança de foco do autor de crime para o contexto social no qual ele se insere propenso às relações de poder de ordem macro e microssocial, à estigmatização e ao etiquetamento, à reação social e à criminalização anterior e posterior ao delito.


  • Letra "C"!!!


    Teoria Crítica ou Radical

    A origem histórica dessa teoria de conflito se encontra no início do século XX, com o trabalho do holandês Bonger, que, inspirado pelo marxismo, entende ser o capitalismo a base da criminalidade, na medida em que promove o egoísmo; este, por seu turno, leva os homens a delinquir. Afirma ainda que as condutas delitivas dos menos favorecidos são as efetivamente perseguidas, ao contrário do que acontece com a criminalidade dos poderosos. Portanto, essa teoria, de origem marxista, entende que a realidade não é neutra, de modo que se vê todo o processo de estigmatizacão da população marginalizada, que se estende à classe trabalhadora, alvo preferencial do sistema punitivo, e que visa criar um temor da criminalização e da prisão para manter a estabilidade da produção e da ordem social.


    “Manual de Esquemático de Criminologia” – Nestor Sampaio Penteado Filho. 


  • Teoria Critica –A teoria critica ou radical tem suas bases alicerçadas no maxismo enxergando o delito como um fenômeno proveniente do sistema de produção capitalista.

     

                A teoria critica parte da ideia de que a divisão de classes no sistema capitalista gera desigualdades e violência a ser contida por meio da legislação penal. Com isso, a norma busca assegurar uma estabilidade provisória contendo as confrontações violentas entre as classes que constituem uma determinada sociedade. Desta maneira para os adeptos da teoria critica um fato é considerado criminoso não porque ofende a moral de um povo, mas porque é do interesse da classe social dominante dar-lhe essa definição.

    O sistema de controle dominante (juiz, delegados, promotores) que beneficiam determinados setores da economia.  O crime está associado a estrutura política e econômica da sociedade, o rotulo de criminoso não decorre da pratica de um fato intolerável pelo corpo social, mas por servir aos interesses da classe dominante.  A teoria critica parte da premissa de que a divisão de classe gera desigualdade e por sua vez o aumento da violência.

     

  • As Escolas Sociológicas se dividem em duas teorias:

              · Teorias Consensuais (Teoria do Consenso)

                   - Escola de Chicago

                   - Teoria da Associação Diferencial

                   - Teoria da Subcultura Delinquente

                   - Teoria da Anomia

     

              · Teorias Conflitivas (Teorias do Conflito)

                    - Teoria do Etiquetamento

                    - Teoria Marxista

     

     

    Cada uma dessas seis Escolas Sociológicas estuda a criminalidade em um determinado aspecto (foco), sendo bem diferente um da outra. O que deve ficar claro de plano é a diferença entre as teorias.

    As quatro escolas da Teoria do Consenso analisam o comportamento criminoso (delinquência) sob o enfoque de determinado ponto de vista. Enquanto que as duas Teorias Conflitivas criticam algo ou alguma coisa.

  • Tem gente falando abobrinha nos comentários: Saibamos filtrar o que realmente seja útil.


    1º Escola, foi a escola CLÁSSICA, com método DEDUTIVO - Objeto de estudo é o CRIME. Obra " Dos delitos e das penas" de Baccaria, Bonesana.

     

    Escola = POSITIVISTA,

    método INDUTIVO-EXPERIMENTAL,

    Objeto de estudo CRIMINOSO, Obra "O homem delinquente" Lombroso.

     

    Escola = CRÍTICA,

    método RELATIVISMO

    DO CRIME, crime entendido como POLITICO, visa o

    controle social, método CRÍTICO, INDAGATIVO, DIALÉTICO,

    MATERIALISTA-HISTÓRICO, modelo pautado em CONFLITO

    SOCIAL.

     

    Escola = CIENTIFICA

    OU MODERNA, É uma ciência empírica, e

    interdisciplinar, Perspectiva de crime como fenômeno

    humano, cultural e complexo, (Objeto de estudo Crime, Delinquente; Vitima e Controle Social).

    Objetivo, a prevenção do delito. Daí diagnosticar o fenômeno criminal. Método: Empírico Interdisciplinar

  • GABARITO C


    Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões/teorias:

    OBS – teorias que elevam a sociedade ao patamar de fator criminógeno são sociológicas.

    a)     Consenso ou Integração (Tradicional) e de Cunho Funcionalista:

    i)                   Escola de Chicago (Teoria Ecológica/Ecologia Criminal);

    ii)                  Teoria da Anomia/Funcionalista – Emile Durkheim/Tacott Parsons/Rober Merton;

    iii)                Teoria da Associação Diferencial ou da Aprendizagem – Colarinho Branco – Edwin H. Sutherland;

    iv)                Teoria da Subcultura Delinquente ou do Conflito Cultural – Cohen.

    b)     Conflito (Crítica) de Cunho Argumentativo – Marx/Max Weber/Michel Foucault

    i)                   Teoria do Etiquetamento/ Labelling approach/ Da Rotulação Social/Reação Social – Erving Goffman e Howard Becker;

    ii)                  Teoria Marxista;

    iii)                Criminologia Crítica ou Radical – Alessandro Baratta – Italiano – desconstrução do sistema penal. Direito Penal mínimo. Somente se justifica caso constitua como meio necessário para proteção de determinado bem jurídico. Direito penal mínimo é diferente da abolição do sistema penal.


    Para haver progresso, tem que existir ordem. 

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  • Teorias do Consenso = CASA

    C: Chicago

    A: Anomia

    S: Subcultura

    A: Associação diferencial

    Teorias do Conflito = CRIE

    CRI: Crítica

    E: Etiquetamento (Labelling Aproach)

  • Minha contribuição.

    Teoria Crítica / Radical / Marxista / Nova Criminologia

    Tem suas bases alicerçadas no marxismo, enxergando o crime como fenômeno proveniente do sistema capitalista. Tem origem histórica no início do século XX, com o trabalho do holandês Bonger, que, inspirado pelo marxismo, entende ser o capitalismo a base da criminalidade, na medida em que promove o egoísmo (que, por sua vez, levaria as pessoas a delinquir). Vale citar alguns defensores de destaque como Alessandro Baratta (Itália); Rosa Del Omo e Eugênio Raul Zaffaroni (América Latina).

    Defende que o homem não teria o livre-arbítrio, ou liberdade de escolha quando pratica um determinado delito, por encontrar-se sujeito a um determinado sistema de produção. Critica todas as outras teorias e correntes da Criminologia, por considerar a criminalidade um problema insolúvel dentro da sociedade capitalista. Parte da ideia de que a divisão de classes no sistema capitalista gera desigualdades e violência a ser contida por meio da legislação penal. Conclui que a norma penal surge como instrumento de controle social preconceituoso, por recair apenas sobre a classe trabalhadora e menos favorecida, não sendo aplicada da mesma forma às elites.

    Esta teoria inspirou 3 tendências da criminologia: neorrealismo de esquerda; abolicionismo penal e direito penal mínimo. Sendo assim, podemos destacar como características da T. Crítica:

    -O Direito Penal se ocupa de defender os interesses do grupo social dominante;

    -Reclama compreensão e até apreço pelo criminoso;

    -Critica severamente a criminologia tradicional;

    -O capitalismo é a base da criminalidade;

    -Propõe reformas estruturais na sociedade para a redução das desigualdades e, consequentemente, da criminalidade.

    Críticas: retira do indivíduo a responsabilidade (vítima da sociedade); não explica os crimes dos mais ricos ou os casos dos pobres que não praticam crimes; apontam problemas apenas em países capitalistas, deixando de analisar os crimes praticados em países socialistas/comunistas.

    Fonte: Diego Pureza

    Abraço!!!