Historicamente, desde a sua origem, o Serviço Social se configura como uma profissão fortemente influenciada pelo conservadorismo moral e político.
A moralidade
é parte de uma educação
moral anterior à formação profissional, que inclusive a influencia, pois pertence ao processo de
socialização primária, onde tende a
reproduzir tendências morais dominantes que se
repõem cotidianamente através das relações sociais
A práxis, como categoria da sociabilidade humana, também se configura
enquanto elemento produzido histórico e socialmente. A ação ético-política do
gênero humano constitui-se de determinações que estão fora do âmbito
intencional subjetivo, mas esta é motivada pela moralidade objetiva,
constituída com bases valorativas distintas. No caso da sociedade capitalista,
têm-se como fundamentos éticos a acumulação de capital e expropriação de
mão-de-obra. Em tal lógica, não há espaço para se desenvolver uma práxis que
objetive a emancipação do indivíduo enquanto ser social, uma vez que é
necessária uma sociabilidade que leve em consideração a promoção desse
indivíduo enquanto ser genérico. Logo é impensável, na sociedade capitalista,
em que as relações sociais estão alicerçadas na acumulação da riqueza, na
exploração da força de trabalho e na reificação da mercadoria, que haja
condições favoráveis para tal emancipação (CARDOSO, 2012).