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ID
1166689
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Criminologia
Assuntos

Os estudos de vitimologia são relativamente recentes em matéria criminológica. Embora seja possível citar referências históricas, tiveram grande impulso e ganharam corpo somente após

Alternativas
Comentários
  • A retomada da importância da vítima, deu-se no período denominado "fase do redescobrimento", em meados da década de 50, logo após a II Guerra Mundial, quando o mundo assistiu o Holocausto.

  • A vitimologia surgiu em meados da década de 1950, após um longo período de total abandonno da vítima pelo Estado. Em um simpósio mundial realizado em 1953, na cidade de Bucareste, na Romênia, o advogado israelense Benjamin Mendelsohn promoveu a conscientização de criminólogos do mundo todo sobre a importância do estudo e da proteção de direitos das vítimas ante as barbáries havidas nos anos anteriores com judeus, ciganos, homossexuais e civis. 

    Fonte: Criminilogia - Questões Comentadas - Mônica Resende Gamboa

  • letra A.

    Fases da vitimologia: 1) Protagonismo - primórdios até a idade média. A atenção volta-se para o infrator, há certo abandono em relação ás vítimas, as quais aplicavam suas próprias punições (lei do talião, período da vingança privada). 2) Neutralização - o poder público volta a assumir o poder punitivo. A ideia de neutralizar relaciona-se com a ideia de que a resposta ao crime deve ser imparcial, desapaixonada. 3) Redescobrimento - Ocorre após a 2ª Guerra, revaloriza-se o papel da vítima. É uma resposta ética e social ao fenômeno multitudinário da macrovitimização que atingiu especialmente os judeus e outros grupos vulneráveis.

  • Vcs são demais, ótimo os comentários!!!!


  • Essa questão é de criminologia e não criminalística!!

  • Muito obrigado ! Estou iniciando meus estudos para a PC-SP ! Questão muito interessante. 

  • Complemento.

    Evolução histórica

    Os primeiros trabalhos sobre vítimas, segundo o professor Marlet (1995), foram de Hans Gross (1901). Somente a partir da década de 1940, com Von Hentig e Benjamim Mendelsohn, é que se começou a fazer um estudo sistemático das vítimas. Conforme já se disse, em razão da postura das Escolas Clássica e Positiva, naquela época ao direito penal só importavam o delito, o delinquente e a pena.

    Depois, com o 1º Simpósio Internacional de Vitimologia, de 1973, em Israel, sob a supervisão do famoso criminólogo chileno Israel Drapkin, impulsionaram-se os estudos e a atenção comportamentais, buscando traçar perfis de vítimas potenciais, com a interação do direito penal, da psicologia e da psiquiatria.
     

    Fonte: Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012.

  • Só tenho a agradecer pelos comentários dos colegas no QC!!!

     

  • Fases da vitimologia: 1) Protagonismo - primórdios até a idade média. A atenção volta-se para o infrator, há certo abandono em relação ás vítimas, as quais aplicavam suas próprias punições (lei do talião, período da vingança privada). 2) Neutralização - o poder público volta a assumir o poder punitivo. A ideia de neutralizar relaciona-se com a ideia de que a resposta ao crime deve ser imparcial, desapaixonada. 3) Redescobrimento - Ocorre após a 2ª Guerra, revaloriza-se o papel da vítima. É uma resposta ética e social ao fenômeno multitudinário da macrovitimização que atingiu especialmente os judeus e outros grupos vulneráveis.

  •  Benjamin Mendelsohn é consideraro o "Pai da Vitimologia".

  • VITIMOLOGIA: (BENJAMIN MENDELSOHN) E (HANS VON HETING)

  • Mto bom! Os comentários ajudam mto!
  • Gabarito A

     

     

    Por mais de três séculos vivenciou-se um período de neutralização! A vítima era encarada como mero objeto, servindo apenas como testemunha do Estado na punição do infrator. Somente na década de 1950 foi redescoberta com o surgimento da vitimologia fundada por Benjamin Mendelsohn, após duas grandes guerras mundiais e o extermínio dos judeus no famigerado holocausto.

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Fase do redescobrimento ou revaloração da vítima: Traz contornos mais humanos à postura estatal em relação à vítima - sobretudo após a 2ª guerra mundial. 

    Na segunda metade do século XX, o estudo sobre a vítima assumiu contornos marcados, sendo fundada uma nova disciplina (ou ciência, para parte da doutrina), a VITIMOLOGIA, o estudo das relações da vítima com o infrator ou com o sistema. Com a definição dos contornos do Estado Democrático de Direito, surgiu a necessidade da redefinição da vítima, sob um perspectiva mais humana, exigindo-se um fazer estatal para implementação de seus direitos e buscando a diminuição dos efeitos da Vitimização Secundária. 

    Murillo Ribeiro. 

  • Sob uma perspectiva de Direitos Humanos, há diversos Marcos históricos sobre o estudo da vítima, sendo o marco inaugural o Direito Humanitário, sob o manto das convenções de Genebra: 1° Convenção: dispõe sobre a proteção a militares feridos ou doentes em campo de batalha; 2° Convenção: Estendeu a proteção conferida aos militares, aos membros das forças navais; 3° Convenção: Estendeu a proteção aos participantes de conflitos que fossem capturados; 4° Convenção: Dispõe sobre a proteção aos civis. Todas essas convenções foram redigidas entre 1864-1949 e foi idealizada por Henri Dunant. acostuma cair em provas que o marco da vitimologia foi a primeira grande guerra mundial (está errado). O marco internacional no estudo do direito humanitário foi a segunda guerra mundial, com as barbáries nos campos de concentração nazistas, momento em que a comunidade internacional percebe a necessidade de conferir maior relevância à proteção da vítima e realizar uma maior proteção. Embora os estudos da vitimiologia tenham surgido em 1901 com Hans Gross, foi na década de 50 com Benjamin Mendelsohn e Hans Von Helting que ela ganhou maior destaque.
  • Revalorização, a partir do desenvolvimento da Escola Clássica do Direito Penal (Beccaria, Carrara, Carmignani), passando pela macrovitimização causada por duas grandes guerras mundiais no século XX, bem como pela atuação acadêmica, com os estudos efetuados no Congresso Internacional de Vitimologia em Israel (1973). Nesse sentido, despontam não apenas ações efetivas de Política Criminal (delegacias de polícia de defesa da mulher, promotorias de justiça de defesa da mulher, defensorias públicas etc.), mas também alterações legislativas muito significativas (Lei Maria da Penha), que protagonizam novamente a vítima na sistemática criminal.

    Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020. 296 p

  • Sempre que se fala em SURGIMENTO da vitimologia, associa-se a segunda guerra mundial.

  • ALTERNATIVA: A

  • Para salvar.

  • Natacha: O movimento vitimológico surgiu no período do pós-guerra, face às atrocidades perpetradas pelos nazistas contra os judeus, com o escopo de defender os vulneráveis que necessitassem de proteção especial, tendo ganho força nas décadas de 70 e 80, com o avanço da psicologia social, que veio a lhe fornecer um referencial teórico de cunho científico.

    A partir de meados do século XX, diante da ampliação dos estudos criminológicos acerca da vítima, surge a disciplina denominada vitimologia, com o propósito de estudar o seu papel no episódio danoso, bem como seu modo de participação e contribuição na ocorrência do delito

  • Direitos humanos !

  • Gabarito: A

    O movimento vitimológico surgiu no período da pós Segunda Guerra com o escopo de defender os vulneráveis que necessitassem de proteção especial.