Gabarito: alternativa a)
Da mesma forma, os testes laboratoriais para a verificação de sêmen nas provas materiais precisam ser atualizados, com o emprego da técnica Christmas Tree de coloração de esfregaços, com suas superlativas vantagens para o achado fácil e rápido de espermatozóides, bem como a eventual complementação deste exame pela dosagem de fosfatase ácida vaginal, enzima acentuadamente presente em provas que contenham fluido seminal e pelo teste p30, glucoproteina específica de fluido prostático, por conseguinte, um recurso que indica com certeza a presença de esperma mesmo na ausência de espermatozóides, testes laboratoriais estes que foram igualmente introduzidos por nós no País (5,6,7).
Fonte: http://www.imesc.sp.gov.br/imesc/rev1h.htm
FRANÇA esclarece que “a constatação de esperma na cavidade vaginal é também de muito valor na comprovação da conjunção carnal e do seu autor. Para determinação da presença de esperma na cavidade vaginal, retira-se do interior desta e/ou do canal do colo uterino material que será colocado entre lâmina e lamínula. Sendo positiva essa reação, surgirão, no campo microscópico, inúmeros cristais castanho-avermelhados de formato rômbico.
O reativo de Florence constitui-se de iodo metaloide, iodeto de potássio e água destilada. Barbério utiliza como reagente uma solução saturada de ácido pícrico em glicerina e, quando a reação é positiva, surpreende cristais em forma de agulhas ou alpistes, corados de amarelo, isolados ou em grupos.
A reação de Baecchi é feita depois da reação de Florence, após 20 a 30 min, quando começam a surgir, da periferia para o centro da lâmina, outros microcristais arredondados e de tonalidade mais carregada que os de Florence. Pode também o sêmen ser observado através da lâmpada de Wood, quando é identificado por sua ação fluorescente até 72 h depois da violência.
Ter o cuidado com a falsa positividade de algumas substâncias, como leite, vaselina líquida, loções suavizantes de pele, entre outras. Atualmente, tem sido empregada a dosagem da fosfatase ácida e da glicoproteína P30, que se mostra em forma de traços na secreção vaginal, mesmo quando os autores são vasectomizados.
No entanto, o diagnóstico de maior certeza é, sem dúvida, a presença do elemento figurado do esperma – o espermatozoide. Para tanto, pode-se valer do exame microscópico do espermatozoide em material espermático por meio da técnica de Kernechtrol-Picro índigo carmin (KPIC) ou “árvore de natal” (CHRISTMAS TREE), capaz de identificar estas células. Nesta técnica tem-se a oportunidade de distinguir espermatozoides completos ou suas cabeças e caudas diferenciadas de outras células não espermáticas. Deve-se considerar que a cauda do espermatozoide desaparece mais rápido devido a sua desidratação. O mais frequente é a identificação das cabeças dos espermatozoides que se apresentam em vermelho refringente. A tonalidade da cauda é esverdeada.
Vários são os autores que se manifestam sobre a importância que representa o exame das vestes das vítimas de suposto estupro, principalmente na procura da identificação de sangue ou esperma, como meio de apontar o autor. Por isso, as vestes da vítima devem ser enviadas rotineiramente para laboratório”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 623 e 624.
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A