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ID
1173919
Banca
FDC
Órgão
IF-SE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Segundo autores da teoria interacionista, um dos campos das teorias do jornalismo, o processo de produção das notícias pode ser descrito como “uma questão de representantes de uma burocracia apanhando notícias pré-fabricadas de representantes de outras burocracias”. Nesse sentido, podemos afirmar que a rotinização do trabalho jornalístico leva à dependência das seguintes fontes:

Alternativas
Comentários
  • Fontes oficiais são aquelas autorizadas a falar em nome da instituição, ou seja, tem seu poder reconhecido e legitimado, ao passo que as oficiosas são não oficiais e não tem essa autorização.

  • Gab.: B

    Tipos de fontes propostos por Nilson Lage (2001):

    Fontes Oficiais - são mantidas pelo Estado, por instituições ligadas ao Estado ou por empresas e organizações. No meio jornalístico, são tidas como as mais confiáveis. Lage chama a atenção para o fato de que as fontes oficiais podem falsear a realidade para preservar interesses estratégicos e políticas duvidosas, para beneficiar grupos dominantes, por corporativismo, militância, ou em função de lutas internas pelo poder. Exemplo: Presidente do Banco do Brasil.
    Fontes Oficiosas- Aquelas que são reconhecidamente ligadas a uma entidade ou indivíduo, mas não estão autorizadas a falar em nome dela ou dele. No jornalismo, podem ser preciosas, porque evidenciam manobras escondidas pelas fontes oficiais. Exemplo: agente administrativo da Companhia de Energia Elétrica do Estado faz denúncia contra administradores.
    Fontes Independentes - São desvinculadas de uma relação de poder ou interesse específico. Exemplo: Dona de casa é parada na rua para falar sobre o aumento do pão.
    Há ainda: Fontes primárias, secundárias, testemunhais e experts.

  • A linha interacionista (TRAQUINA, 2004) reconhece-se da linha estruturalista , ao admitir a possibilidade de outros agentes sociais mobilizarem o campo jornalístico segundo seus objetivos. Reconhece o poder dos jornalistas na definição do que é notícia e de como é construída. Mas admite que a rotinização do trabalho leva à dependência das fontes oficiais, o que denota o exercício de poder também por parte dessas fontes. O próprio acesso aos media é um poder. Mesmo considerando o poder como pertencente também aos jornalistas, a teoria estruturalista, da mesma forma que a interacionista, admite que as fontes provêm principalmente do poder estabelecido e considera, dessa forma, que as notícias tendem a apoiar o status quo. 

    http://www.fnpj.org.br/rebej/ojs/index.php/rebej/article/viewFile/316/201
  • "Hall et. al. apontam como crucial a relação estrutural entre os media e os chamados “definidores primários” (primary definers). [...] Segundo Hall et al., as pressões práticas de trabalho constantes contra o relógio e as exigências profissionais de imparcialidade e objetividade – combinam-se para produzir um exagerado acesso sistematicamente estruturado aos media por parte dos que detêm posições institucionalizadas privilegiadas. O resultado desta preferência estruturada dada pelos media às opiniões dos poderosos é que estes “porta-vozes” se transformam no que se apelida de “definidores primários”. (TRAQUINA, p. 123)