"Não há nenhum meio de pensar sobre a pureza sem ter uma imagem da “ordem”, sem atribuir às coisas seus lugares “justos” e “convenientes” – que ocorre serem aqueles lugares que elas não preencheriam “naturalmente”, por sua livre vontade. O oposto da “pureza” – o sujo, o imundo, os “agentes poluidores” – são coisas “fora do lugar”. Não são as características intrínsecas das coisas que as transformam em “sujas”, mas tão-somente sua localização e, mais precisamente, sua localização na ordem de coisas idealizada pelos que procuram a pureza".
Fonte:BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. – Rio de Janeiro, RJ:Jorge Zahar Editor, 1998 IN OLIVEIRA, Adriano Machado. Entre impuros e estranho: o pensamento de Zygmunt Bauman e a lógica escolar do ensino médio. Revista Espaço Acadêmico, Nº125. 2011, p.2.