Errado. A questão pergunta sobre o efeito da política fiscal no caso clássico. De acordo com o Manual de Prof. da USP (Manual de Macroeconomia Básico e Intermediário, 2014, p. 206), no caso clássico a política fiscal é totalmente ineficaz. Nesse caso, a curva LM é vertical, de forma que um aumento do gasto público apenas aumenta os juros de r1 para r2, e com juros mais altos os investimentos diminuem (daí o efeito crowding out). Então eu entendo que a explicação deveria dizer que a a política fiscal é totalmente ineficaz, no curto ou no longo prazo, para uma análise da curva IS LM no caso clássico. Corrijam-me se eu estiver errada, por favor!
Comentários equivocados, s.m.j..
A assertiva não trata do "caso" clássico, e sim do "modelo" clássico.
"Nos modelos clássicos de economia, a política fiscal é capaz de influenciar a poupança e o investimento do país no curto prazo, porém não tem efeitos sobre o crescimento econômico de longo prazo"
A assertiva está errada pois nos modelos clássicos, de origem liberal, políticas fiscais não possuem eficácia no que tange à alteração do produto (y), pois políticas fiscais estimulam a demanda, enquanto que para os clássicos o que importa é a oferta (Lei de Say). Para esses últimos, o produto é estável e qualquer oscilação tende a fazer o produto retornar ao seu ponto de equilíbrio, seja no curto ou no longo prazo. Impera o pleno emprego sempre e os agentes são racionais.
Isso tudo ocorre principalmente pela visão utópica de que os preços e salários na economia são flexíveis (os clássicos não levam em consideração a existência de leis e contratos, apenas as leis naturais de demanda e oferta, o famoso laissez faire de Adam Smith - Mão invisível).
Enfim, é uma corrente válida para análise de casos extremos, partindo da máxima coeteris paribus, a partir da qual é possível se determinar como seria uma economia despida de amarras legais e contratuais.
Gabarito: Errado.
Bons estudos!