Reflexo monossináptico:
O reflexo miotático de distensão é o exemplo clínico mais evidente de resposta monossinápica. A rápida distensão de um tendão determina resposta reflexa de contração do músculo - esta distensão é mais facilmente obtida pela percussão brusca do tendão. Ao contrário, quando um músculo é encurtado, existe uma resposta de relaxamento muscular. Este mecanismo de ajuste do tamanho do músculo é dado pelas descargas gama sem as quais existe a tendência ao tremor.
A descarga eferente gama pode ser regulada por vias encefálicas e pode estar intensificada em pacientes ansiosos e em situações de estimulações intensas na pele - neste caso, o exemplo de estimulação da descarga eferente gama pode ser dada pela força exercida nos dedos das mãos entrelaçados durante a pesquisa dos reflexos miotáticos [manobra de Jendrassik].
Reflexo polissináptico:
O reflexo de retirada é o típico exemplo do reflexo polissináptico, ocorrendo devido a um estímulo nocivo na pele. A resposta muscular é a contração dos músculos flexores e a inibição dos músculos extensores. Quando o estímulo doloroso é enérgico, alem desta retirada do membro afetado em flexão, observa-se tambem extensão do membro oposto - resposta extensora cruzada. Esta resposta é mais evidente nos animais descerebrados e em pacientes comatosos é um sinal de descerebração. A resposta flexora do músculo varia com o local de aplicação do estímulo doloroso, podendo incluir algum grau de adução ou abdução do membro fletido. A resposta reflexa de flexão é sempre aquela que mais eficazmente afasta o membro do estímulo nocivo.