*As
redes primárias são constituídas por laços de família,
parentescos, vizinhança e trabalho, em seu conjunto, formam uma
trama de relações de confere ao sujeito identidade e sentido de
pertencer.
*As
redes secundárias são constituídas por laços que se
estabelecem entre as instituições, organizações de mercado e do
terceiro setor, existem também as redes secundárias constituídas
por pessoas que visam a resposta a uma necessidade imediata.
No que diz respeito às tipologias de redes, Gonçalves e Guará assinalam que há várias opções na classificação das redes sociais, sobretudo porque as necessidades humanas são múltiplas. Sabendo disso, esses autores classificam as redes nos seguintes tipos:
redes primárias ou de proteção espontânea (sustentadas pelos princípios da solidariedade e do apoio mútuo, são constituídas pelo núcleo familiar, pelas relações de amizade e de vizinhança);
redes sociocomunitárias (são constituídas por organizações comunitárias, por associações de bairro e por organização filantrópicas, que sustentadas no princípio da confiança ativa oferecem serviços às suas microlocalidades);
redes sociais movimentalistas (são formadas por movimentos sociais, cujo objetivo gira em torno da defesa dos direitos, da vigilância e da luta pela garantia da participação popular);
redes setoriais públicas (formadas por serviços de natureza especializada, resultantes da ação do Estado por meio das políticas públicas);
redes de serviços privados (formadas por serviços especializados fornecidos pela iniciativa privada àqueles que por eles podem pagar);
redes regionais (constituídas por serviços de diversas políticas públicas compartilhados entre municípios de uma mesma região);
e, redes intersetoriais (são aquelas que compartilham serviços das organizações governamentais, não governamentais, do setor privados e até mesmo da comunidade, tendo em vista o atendimento integral das demandas sociais).
Texto adaptado de PEREIRA, K. Y. L. e TEIXEIRA, S. M. Redes e intersetorialidade nas políticas sociais: reflexões sobre sua concepção na política de assistência social. Revista: Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 12, n. 1, p. 114 - 127, jan./jun. 2013.