b) a estrutura político-jurídica desse período fundamentava-se em Atos Institucionais (AIs). Esses dispositivos autoritários corroboraram com a centralização política e administrativa do governo ditatorial.
Ato Institucional 5 (13/12/1968): foi o principal instrumento de arbítrio do Regime Militar. Permitia ao presidente da República fechar o Congresso Nacional, Assembleia Legislativa e a Câmera dos Vereadores; o presidente podia legislar em todas as matérias, intervir nos estados e municípios, sem limitações previstas na Constituição; dentre outras ações.
Ligas Camponesas: foram movimentos de luta pela reforma agrária no Brasil iniciado na década de 1950. Eram formadas por milhares de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente no Nordeste, utilizavam o lema “Reforma Agrária na lei ou na marra” contra a secular estrutura latifundiária no Brasil. Com a instalação do regime militar em 64, as ligas camponesas foram totalmente reprimidas, devido suas ideias de reforma agrária.
Economia no Regime Militar: intervenção do Estado na economia, desenvolvimento de uma infra-estrutura propícia aos interesses dos grandes grupos capitalistas nacionais, em especial aqueles mantinham estreitos vínculos com o capital internacional, a política econômica se mostra voltada a implantação e implementação de um amplo programa de investimentos do Estado, sempre financiados através de fundos obtidos junto à instituições internacionais de crédito. Logo, a economia abriu-se aos investimentos estrangeiros.
Passeata dos Cem Mil (26/06/1968): foi em resposta a ação da polícia na missa de 7º dia do estudando Édson Luís, que foi assassinato no restaurante Calabouço. Foi a maior passeata já vista na avenida Rio Branco, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo; dela participaram principalmente artistas, intelectuais e padres.