A doença pinta branca ou mancha branca do milho instalou-se no Brasil na década de 80 e a partir dos anos 90 sua incidência e severidade aumentaram significativamente, podendo hoje ser encontrada em praticamente todas as regiões onde o milho é cultivado (Fernandes eOliveira, 1997).Paccola-Meirelles et al. (2001) isolaram uma bactéria de coloração amarela a partir de lesões em estágio inicial da doença.
Esta bactéria foi identificada como pertencente à espécie Pantoea ananatis Serrano (syn. Erwinia ananas) e, quando reinfectada em plantas de milho, sob condições controladas, reproduziu sintomas semelhantes ao do campo. Foi descrito recentemente que a espécie P. ananatis apresenta a capacidade de produzir o fenômeno de “ice nucleation” ou nucleação de gelo (INA). Quando tal fato ocorre, o sistema de membranas da célula vegetal entra em colapso e ocorre a mancha encharcada ou anasarca sucedida por morte dos tecidos por congelamento, o que poderia em parte explicar o desenvolvimento da doença na cultura do milho.
Resposta: C
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GABARITO CORRETO.
GABARITO FOI DADO COMO CORRETO, MAS DEVERIA TER SIDO DADO COMO ERRADO.
A EMBRAPA em seu Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento n° 73 - Mancha-foliar-de-Phaeosphaeria (mancha-branca-do-milho): Fungo ou Bactéria?
Segundo Vieira et al. (2009), uma explicação para a ocorrência de P.ananatis juntamente com diferentes espécies fúngicas nas lesões da MFP seria a possibilidade de uma interação mútua entre eles, ou entre P. maydis/P. ananatis, e que essa interação seria necessária para o desenvolvimento da doença MFP. No entanto, os resultados aqui obtidos não apontam para a ocorrência de tal interação, visto que diferentes espécies de fungos, incluindo aquelas descritas por alguns autores como o agente causal da MFP, foram isoladas a partir de lesões necróticas provocadas artificialmente com nitrogênio líquido, indicando que a presença da bactéria P. ananatis não é necessária para o crescimento daquelas espécies fúngicas. Além disso, as espécies de fungos observadas nas lesões naturais da MFP e nas lesões artificiais foram isoladas com frequências semelhantes, indicando que as identificadas neste estudo simplesmente colonizam tecidos mortos de folhas de milho, não importando a sua origem.
FONTE: https://www.researchgate.net/publication/260438019_Mancha-foliar-de-Phaeosphaeria_mancha-branca-do-milho_Fungo_ou_Bacteria
Paccola-Meirelles et al. (2001) identificaram a bactéria Pantoea ananatis (syn. Erwinia ananas) como sendo o agente causal da doença e sugeriram a denominação de mancha-branca-do-milho (MBM) em substituição a manchafoliar-de-phaeosphaeria. Os autores demonstraram a reprodução dos sintomas em plantas de milho inoculadas com P. ananatis sob condições controladas, concluindo os postulados de Koch.
fonte:
Nova evidência comprovando ser a bactéria Pantoea ananatis o agente etiológico da mancha-branca-do-milho (mancha-de- phaeosphaeria) / Eliseu dos Santos Pedro ... [et al.]. – Sete Lagoas : Embrapa Milho e Sorgo, 2013. 20 p. : il. -- (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Milho e Sorgo, ISSN 1679-0154; 80)