A solubilização consiste em aquecer o material a uma temperatura bem elevada, em geral relativamente próxima do ponto de fusão, de tal modo que nesta temperatura, com os coeficientes de difusão dos elementos de liga no alumínio já suficientemente aumentados, seja possível a migração desses átomos, proporcionando a dissolução, completa depois de um certo tempo de permanência nesta temperatura, das fases secundárias inicialmente presentes na liga. Esta etapa do tratamento térmico é fundamental para assegurar que o envelhecimento subseqüente, realizado em temperatura bem mais baixa e tempo mais prolongado, ocorra de modo controlado, de tal maneira que os precipitados sejam formados de forma controlada, principalmente no que se refere ao tamanho dos mesmos e conseqüentemente sua coerência com a matriz. O envelhecimento por precipitação tem o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas, aumentar o limite de escoamento, aumentar a dureza e a resistencia ao desgaste.
A liga 2017, conhecida também com o nome de "duralumínio" é a mais antiga e a mais usada; contém, em média, 4% de cobre, 0,5% de magnésio e 0,7% de manganês. Como se vê, no estado tratado termicamente, a liga chega a adquirir um limite de resistência à tração semelhante ao do aço doce, com um terço do seu peso específico, donde a importância do seu emprego, principalmente na indústria aeronáutica e de transporte em geral.
Na indústria aeronáutica, na realidade, ela tem sido deslocada pela liga 2024, que possui maior resistência mecânica, embora menor capacidade de conformação.
Tais ligas apresentam, entretanto, um incoveniente: tendência à corrosão intergranular, sobretudo em água salgada ou atmosfera salina.