De acordo com a NBR 16401/2008, temos dois parâmetros de conforto térmico: um para o verão e outro para o inverno.
No verão, é de 22,5º a 25,5º C - com 65% de umidade ou 23º a 26º com 35% de umidade. (resumindo de 22,5 a 26º)
No inverno, é de 21º a 23,5º C - com 60% de umidade ou 21,5º a 24º com 30% de umidade (resumindo de 21 a 24º)
Se pegarmos a temperatura mínima, teremos 21º e a máxima, de 26º. Ou seja, o conforto térmico, de acordo com a NBR, é de 21 a 26º.
Mas, de acordo com o Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto
Aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos
Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços
SECÇÃO II
Condições de temperatura e umidade
Artigo 11.º
Temperatura e umidade
1 - Os locais de trabalho, bem como as instalações comuns, devem oferecer boas
condições de temperatura e umidade, de modo a proporcionar bem-estar e
defender a saúde dos trabalhadores.
a) A temperatura dos locais de trabalho deve, na medida do possível, oscilar
entre 18ºC e 22ºC, salvo em determinadas condições climatéricas, em que
poderá atingir os 25ºC.
b) A umidade da atmosfera de trabalho deve oscilar entre 50% e 70%.
c) Sempre que da ventilação natural não resulte uma atmosfera de trabalho
conforme as alíneas anteriores, deve-se procurar adoptar sistemas artificiais de
ventilação e de aquecimento ou arrefecimento, conforme os casos.
A questão deveria ser anulada, pois a NBR fala uma coisa, o decreto lei fala outra, e o gabarito da questão diz outra....
Para a resolução desta questão, não há normativa que especifique sobre o assunto, mas sim, estudos referentes ao mesmo, tais como o da autora Anésia Barros Frota, que é reconhecidamente como base de estudo do tema CONFORTO TÉRMICO.
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. 8. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2007.
Na página 147 do livro, ela elucida a cerca da Climatização Natural
"(...)No entanto, deve-se tentar, ainda nesses casos, garantir à edificação um ganho de calor solar mínimo. O dimensionamento do equipamento necessário à climatização artificial interna dos ambientes será realizado em função das diferenças entre as temperaturas do ar externa e interna. Deste modo, a potência do equipamento, bem como o seu conseqüente consumo mensal de energia, serão tão menores quanto menor for esta variação das temperaturas interna e externa.
Para os locais onde a temperatura externa média é inferior a 28°C e superior a 18°C, há condições de se obterem internamente às edificações temperaturas dentro dos limites do conforto humano, utilizando-se apenas recursos relativos à climatização natural. Porém, há que se observar que cada caso deve ser analisado de acordo com as condições sócioeconômicas e culturais dos ocupantes, além do estágio de aclimatação dos indivíduos particulares."
Para os locais onde a temperatura externa média é inferior a 28°C e superior a 18°C, há condições de se obterem internamente às edificações temperaturas dentro dos limites do conforto humano, utilizando-se apenas recursos relativos à climatização natural. Porém, há que se observar que cada caso deve ser analisado de acordo com as condições socioeconômicas e culturais dos ocupantes, além do estágio de aclimatação dos indivíduos particulares.
(FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. 8. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2007.)
Gabarito: Letra D
@arquitetamanuprado