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ID
1423711
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SEGPLAN-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O fio de cabelo é uma matriz bastante adequada para análise toxicológica de indivíduos suspeitos por usar drogas de abuso. Isso porque os folículos capilares, de onde se originam os fios de cabelo, se localizam próximos a glândulas secretoras (sebácea, sudorípora e apócrina) cujas secreções alimentam os fios e podem ser veículos para o transporte de drogas ingeridas e de seus metabólitos. Além disso, o transporte, a estocagem e a manipulação dos fios de cabelo podem ser realizados de forma muito mais simples que amostras de sangue ou urina. De uma forma geral, a marcha analítica dos exames toxicológicos que usam o fio de cabelo como matriz deve seguir, em ordem, os seguintes passos:

Alternativas
Comentários
  • O próprio enunciado da questão nos dá uma grande dica dizendo que:
    a) deve-se ter o fio para realização do exame- coleta
    b) transporte e estocagem- acondicionamento
    c) deve haver a descontaminação (visto que os fios de cabelos podem estar sujos, com cremes de cabelo, com suor, etc)- aqui procura-se pelo analito que está no fio e não dentro do fio.
    d) digestão- estamos falando de uma proteína
    e) extração do analito
    f) cromatografia gasosa/espectrometria de massas- técnica analítica utilizada no exame.

    A grande dúvida poderia ser com relação às alternativas (B) e (D), duvida acerca da técnica utilizada.
    CROMATOGRAFIA- GC- é uma técnica analítica muito difundida e determina a composição de uma mistura de produtos químicos (amostra). A cromatografia gasosa utiliza uma variedade de gases para o seu funcionamento, de acordo com o analisador e o tipo de detector específico.

    ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA-  método de análise qualitativa e quantitativa de presença de metais.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D
  • RESPOSTA LETRA D : coleta; acondicionamento; descontaminação; digestão; extração; e cromatografia gasosa/espectrometria de massas.

  • O CABELO COMO MATRIZ ANALÍTICA ALTERNATIVA

    Antes de ir para a análise propriamente dita, a amostra passa por algumas etapas de descontaminação, que normalmente é realizada através de lavagens com água e solventes orgânicos (SoHT, 2004). Etapas de extração e clean-up são realizadas através de diferentes soluções extratoras e digestivas escolhidas conforme as características físicoquímicas dos compostos que se pretende identificar (GORDO, 2013; LIMA; SILVA, 2007). 

    Os métodos de identificação mais utilizados atualmente incluem a cromatografia gasosa (CG) e a líquida (LC), ambas acopladas a um espectrômetro de massas (MS). A CG-MS é a metodologia mais utilizada na análise toxicológica de cabelo, pois fornece a maior resolução e especificidade para a maior parte das drogas e com baixos valores para o limite de detecção (LOD) (PRAGST; BALIKOVA, 2006). A utilização da técnica da cromatografia liquida vem ganhando espa ́ ço no screening do uso drogas devido a algumas vantagens que esta possui sobre a CG-MS, como a possibilidade de se trabalhar em baixas temperaturas, possibilitando analisar substâncias termolábeis, resolvendo problemas de derivatização que poderiam existir e, portanto, reduzindo os tempos das aná lises (VINCENTI et al., 2013). Em contrapartida, a baixa resolução do mé todo quando comparado a CG-MS exige que este seja realizado em tandem via LC-MS/MS e, devido ao seu alto custo, este mé todo só é realizado por um número pequeno de laboratórios que possuem o capital necessário para tal (PRAGST; BALIKOVA, 2006).

    Fonte: Lange e Colaboradores (2019). O CABELO COMO MATRIZ ANALÍTICA PARA O EXAME TOXICOLÓGICO DE MOTORISTAS PROFISSIONAIS NA LEI N˚ 13.103/15.