O CABELO COMO MATRIZ ANALÍTICA ALTERNATIVA
Antes de ir para a análise propriamente dita, a amostra passa por algumas etapas de descontaminação, que normalmente é realizada através de lavagens com água e solventes orgânicos (SoHT, 2004). Etapas de extração e clean-up são realizadas através de diferentes soluções extratoras e digestivas escolhidas conforme as características físicoquímicas dos compostos que se pretende identificar (GORDO, 2013; LIMA; SILVA, 2007).
Os métodos de identificação mais utilizados atualmente incluem a cromatografia gasosa (CG) e a líquida (LC), ambas acopladas a um espectrômetro de massas (MS). A CG-MS é a metodologia mais utilizada na análise toxicológica de cabelo, pois fornece a maior resolução e especificidade para a maior parte das drogas e com baixos valores para o limite de detecção (LOD) (PRAGST; BALIKOVA, 2006). A utilização da técnica da cromatografia liquida vem ganhando espa ́ ço no screening do uso drogas devido a algumas vantagens que esta possui sobre a CG-MS, como a possibilidade de se trabalhar em baixas temperaturas, possibilitando analisar substâncias termolábeis, resolvendo problemas de derivatização que poderiam existir e, portanto, reduzindo os tempos das aná lises (VINCENTI et al., 2013). Em contrapartida, a baixa resolução do mé todo quando comparado a CG-MS exige que este seja realizado em tandem via LC-MS/MS e, devido ao seu alto custo, este mé todo só é realizado por um número pequeno de laboratórios que possuem o capital necessário para tal (PRAGST; BALIKOVA, 2006).
Fonte: Lange e Colaboradores (2019). O CABELO COMO MATRIZ ANALÍTICA PARA O EXAME TOXICOLÓGICO DE MOTORISTAS PROFISSIONAIS NA LEI N˚ 13.103/15.