O parto
induzido é aquele iniciado artificialmente, de modo que qualquer recurso que
determine seu desencadear é denominado indutor do parto.
As principais indicações para indução do parto são: síndromes
hipertensivas, gravidez prolongada, ruptura prematura de membranas,
corioamnionite, diabetes, isoimunização fetal e restrição do crescimento fetal.
As contra-indicações são praticamente as mesmas que contra-indicam o parto
vaginal: macrossomia, apresentações anômalas, desproporção céfalo-pélvica, duas
ou mais cicatrizes uterinas prévias, sofrimento fetal, placenta prévia completa
e parcial, vasa prévia, prolapso de cordão umbilical, sorologia HIV+ e herpes
genital em atividade.
Existem alguns motivos
que podem levar ao sofrimento fetal agudo, inclusive o próprio uso da
ocitocina, portanto não é indicado a indução do parto.
A cicatriz segmentar
de repetição que normalmente estão relacionada a cesáreas anteriores,
contraindica a indução do parto pelo risco de ruptura uterina.
As apresentações anômalas fetais,
muitas vezes, contraindicam o parto via vaginal, logo não deve ser induzido
também. Assim como desproporção cefalopélvica absoluta, herpes genital em
atividade e placenta prévia, nessa última há a implantação baixa da placenta, o
parto normal pressionaria a placenta levando ao sofrimento fetal.
Na gestação acima das 41 semanas a maioria
dos autores concordam na indução do parto pois reduz a
mortalidade perinatal e a síndrome de aspiração meconial.
O prolapso de
cordão contraindica a indução do parto pelo mesmo motivo da placenta prévia, o
trabalho de parto via vaginal levaria a compressão do cordão umbilical levando
ao sofrimento fetal.
No caso de síndromes
hipertensivas é possível a indução do parto, porém quando estão descompensadas,
os autores divergem, depende muito das condições materno e fetais.
O carcinoma
invasivo do colo contraindica a indução do parto pelo risco de rompimento do
carcinoma, além de, impossibilidade de dilatação e apagamento correto do colo
do útero.
A isoimunização Rh, restrição do
crescimento intrauterino e corioamnionite são indicações para indução do parto.
Resposta E
Bibliografia
Brasil. Ministério
da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Gestação de alto risco: manual técnico. 5. Edição, Editora do Ministério da Saúde,
Brasília, 2010.
INDICAÇÕES PARA INDUÇÃO DO PARTO
_Síndromes hipertensivas da gravidez descompensadas
_Isoimunização Rh
_Rotura prematura de membranas a partir de 36 semanas completas
_Intercorrências clínicas maternas descompensadas (ex.: diabetes insulino-dependente, doença renal etc.)
_Gestação acima de 41 semanas
_Restrição do crescimento intrauterino
_Insuficiência útero-placentária
_Morte fetal
_Corioamnionite
_Fatores logísticos (ex.: história de parto rápido, distância do hospital, condições psicossociais etc.)
SITUAÇÕES EM QUE SE DEVE TER MAIS CUIDADO NA INDUÇÃO DO PARTO
_Grande multiparidade (> 4)
_Apresentação de vértice não encaixada
_Polihidrâmnio
_Gestação múltipla
_Presença de uma cicatriz uterina segmentar ou transversa
_Hipertensão arterial grave
_Indução por conveniência do médico ou da gestante
CONTRAINDICAÇÕES PARA INDUÇÃO DO PARTO
_Sofrimento fetal agudo
_Cicatriz segmentar de repetição (duas ou mais)
_Situações de urgência
_Apresentações fetais anômalas
_Desproporção cefalo-pélvica absoluta
_Placenta prévia
_Presença de incisão uterina corporal prévia
_Carcinoma invasivo do colo
_Prolapso de cordão
_Herpes genital ativo
_Obstrução do canal de parto