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ID
1429714
Banca
COSEAC
Órgão
UFF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considerando-se as patologias psiquiátricas e algumas implicações clínicas de sua presença na gestação, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento efetivo para certos subgrupos de indivíduos que sofrem de doenças mentais graves. Tais subgrupos consistem primariamente de pacientes com transtornos depressivos graves, catatonia, mania e, ocasionalmente, certos pacientes com esquizofrenia. A eletroconvulsoterapia (ECT) pode ser uma opção alternativa em casos de não resposta à medicação ou em episódios depressivos graves, com aspectos psicóticos, catatônicos ou sério risco suicida. A barreira placentária é uma camada de tecido semipermeável desse órgão que funciona, portanto, como uma membrana seletiva entre a mãe e o bebê. Ou seja, apresenta a capacidade de selecionar as substâncias do sangue da mãe que podem chegar à corrente sanguínea do feto. Logo, somente algumas drogas conseguem atravessar a barreira placentária e a teratogenia com o uso do psicotrópico ou qualquer outro medicamento é mais provável no primeiro trimestre de gestação. A exposição do feto ao lítio no primeiro trimestre aumenta o risco de Anomalia de Ebstein (malformação da válvula tricúspide). Há dados que sugerem uma incidência aumentada de malformações congênitas associadas com o uso do ácido valpróico durante a gravidez quando comparado com algumas outras drogas antiepilépticas. O risco da carbamazepina levar a má formações congênitas é maior quanto associada a outras substâncias. O uso de qualquer uma dessas substância deve ser avaliado o risco benefício do tratamento. O fígado da criança recém nascida ainda não está completamente amadurecido, logo, a ingestão de bebida lacoolica pela mãe, é passado para a criança facilmente pelo aleitamento materno prejudicando o desenvolvimento do órgão. A abstinência por opióides é mais perigosa para o feto que para a mãe. Os recém-nascidos de mães dependentes de opióides geralmente são menores e mostram sinais de infecção aguda. Os opióides têm capacidade de ultrapassar a barreira placentária e a barreira hematoencefálica imatura do feto, causando depressão respiratória de maneira mais intensa que no adulto. A maioria dos recém-nascidos apresentam variados graus de sintomas de abstinência. A mortalidade entre estas crianças é maior que a normal. Resposta A Bibliografia Carvalho MB. Psiquiatria para Enfermagem. Editora Rideel. 2012. Asperheim, M K. Farmacologia para Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

    Resposta : A

  • A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento biológico que a partir de uma convulsão induzida propõe benefícios terapêuticos para alguns quadros de transtornos psiquiátricos. Os avanços na anestesia e equipamentos de estimulação elétrica, a utilização de eletrodos e as formas de pulso melhoraram os efeitos colaterais e a segurança no tratamento que no início de sua utilização era marcadamente agressivo a integridade física, psíquica e aos direitos do paciente.

    As indicações para a eletroconvulsoterapia são: Depressão maior (episódio único ou recorrente); Transtorno afetivo bipolar (episódio depressivo, maníaco ou misto); Esquizofrenia não-crônica (sintomatologia afetiva ou catatônica proeminente), Transtorno esquizoafetivo, Transtorno esquizofreniforme.. Outros aspectos que devem ser considerados são: a idade do paciente, padrão de resposta prévio, comorbidade clínica e gravidade dos sintomas e risco também deverão ser considerados na decisão da indicação da ECT.

    Em relação aos cuidados durante o tratamento clínico deve ser observado que atualmente a ECT deve ser realizada com sedação ou anestesia conduzida por um profissional médico especializado, o paciente deve ser monitorizado antes, durante e após a realização do procedimento por um enfermeiro, e o procedimento deve ser realizado por um profissional médico capacitado para o mesmo em um ambiente seguro (clinicas e hospitais com infraestrutura adequada) para garantir a segurança do paciente. O paciente pode ou não estar internado para realização das sessões de ECT, dependendo do quadro clínico e psiquiátrico do mesmo.

    Krishnan, K. Ranga Rama. How Does Electroconvulsive Therapy Work? Biological Psychiatry. (2016); 79 (4): 15 February, 264–265. Disponível em: