SóProvas


ID
1471759
Banca
IDECAN
Órgão
CBM-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

                       “Que ajuntamento
                        Que movimento
                        No encilhamento
                        Se faz notar!
                        Toda essa gente
                        Quer de repente
                        Rapidamente
                        Cobre apanhar”

“Ciclicamente, o Brasil não importa o regime vigente; é atormentado por profundas crises de confiança que corroem até as raízes às suas instituições políticas e financeiras, arrastando, junto, a economia. Num momento específico do Brasil República, o país sentiu-se profundamente frustrado em suas melhores esperanças devido ao famigerado Encilhamento, tido como um dos graves baques financeiros que o Brasil sofreu, momento em que, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, milhares de pequenos investidores perderam tudo depois de terem apostado alto nas expectativas de bons negócios falsamente criadas.”

                                          (Disponível em: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/brasil/2002/08/28/001.htm.)

Tal episódio, o Encilhamento, se insere especificamente no período denominado:

Alternativas
Comentários
  • Letra B - República Velha: 1889-1930
    Primeiramente uma correção: “Encilhamento” foi a forma como ficou conhecida a crise financeira ocorrida no Brasil a partir de 1890 decorrente da política econômica do governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca. Essa política, conduzida pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa, tinha por objetivo o incentivo à industrialização e se baseou na liberação de créditos bancários garantida pelas emissões de moeda destinadas ao financiamento de projetos industriais. O fracasso do projeto governamental deveu-se ao boicote promovido por especuladores ligados aos latifundiários, importadores e investidores estrangeiros que, por meio de empresas-fantasmas inundaram o mercado financeiro com ações sem lastro de capital. As consequências como inflação dos preços, falências e a desconfiança nas instituições financeiras se arrastaram por anos configurando a crise do Encilhamento.

    Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/pergunte-professor/historia-encilhamento-688545.shtml
  •  No início da República Velha, foi decretada uma reforma financeira pelo ministro da Fazenda Rui Barbosa no governo Deodoro da Fonseca. Desde o final do Império, constatava-se que o meio circulante - quantidade de moeda em circulação no país - era incompatível com as novas realidades do trabalho assalariado e do ingresso em massa de imigrantes. Nesse sentido, atribuiu-se aos bancos o direito de emissão de papel moeda, visando à expansão do crédito para estimular o desenvolvimento econômico do país através da criação de empresas.

       Entretanto, esse período foi marcado pela criação de numerosas sociedades anônimas e intensa especulação com ações, ficando conhecido como Encilhamento, em alusão ao encilhamento de cavalos antes da corrida. O intenso movimento na Bolsa de Valores gera a ilusão de negócios fabulosos. Essa bolha estoura quando se percebe que a maioria das empresas é fictícia. O início da crise ocorre em 1891 com a derrubada do preço das ações, a falência de estabelecimentos bancários e empresas e a desvalorização da moeda brasileira. A médio e a longo prazo, o encilhamento conduz a uma progressiva desestabilização da vida econômica da República em sua primeira década.

       Diante do exposto, a resposta correta é a letra B.

  • GAB B- República Velha.

    ENCILHAMENTO, 1890- Rui Barbosa: especulação/queda na bolsa de valores do Rio de Janeiro 

    -Começo 

    • Elevou as taxas alfandegárias para proteger a indústria nacional 
    • Criou bancos que poderiam emitir papel-moeda 
    • Com essas emissões, o governo pretendia promover a expansão do crédito para estimular o processo de industrialização. 

    -Objetivo 

    • o objetivo era industrializar o Brasil com a emissão de papel moeda e fornecendo mais créditos  

    -Resultado 

    1. Desvalorização da moeda  
    2. Quebra de empresas devido à inflação em alta e ao uso inadequado do crédito oferecido para a criação de negócios. 
    3. Aumentou a inflação (produtos mais caros)  
    4. Empresas fantasmas: boicote promovido por especuladores ligados aos latifundiários, importadores e investidores estrangeiros que, por meio de empresas-fantasmas, inundaram o mercado financeiro com ações sem lastro de capital.
    • Obtiam crédito de má fé e negociavam ações com preço crescente mesmo sem terem operações. 
    • Pessoas pegavam o crédito, criavam grandes empresas e projetos grandiosos no papel para vender papéis dessas empresas e projetos fictícios na bolsa.  
    • Houve fazendeiros que se aproveitaram dessa política para criar empresas fantasmas e investir no café.