Segundo Vasconcellos (2002), a estrutura básica de
um projeto político-pedagógico comporta três grandes elementos: marcoreferencial, diagnóstico e programação.
MARCO REFERENCIAL. O marco referencial trabalha com a dimensão
da finalidade: Como
a sociedade se apresenta? Que aspectos precisam ser transformados? O que se
espera da escola pública hoje? Que cidadão queremos formar? Com que concepções
de educação, de ensino-aprendizagem e de avaliação queremos trabalhar?
DIAGNÓSTICO. O diagnóstico trabalha a dimensão da realidade: Que
características (sociais, econômicas, culturais) têm a comunidade, a escola e a
clientela a que a escola atende? Como se apresenta à realidade da escola
hoje? Que características tem a gestão da escola? Como se dá a
participação da comunidade na gestão da escola? Que formas de organização
escolar são adotadas? Como estão as relações interpessoais no interior da
escola? Que características têm o trabalho pedagógico desenvolvido na escola?
Como se apresentam os resultados da aprendizagem? Que processos e instrumentos
de avaliação são utilizados? O diagnóstico não deve apenas ser
descritivo, mas tem de ser também analítico. Deve identificar necessidades de
mudanças, ou seja, responder: o
que nos falta para ser o que desejamos?
PROGRAMAÇÃO. A programação é
a dimensão do projeto,
da mediação, do desejo coletivamente construído: a definição do que vai ser
feito e dos meios para a superação dos problemas detectados, em busca da qualidade da educação oferecida
pela escola. É a proposta de ação. Ou seja: definição do que é necessário e
possível fazer para diminuir a distância entre o que a escola é e o que deveria
ser. Quanto à periodicidade, a programação ou projeto pode ter abrangência
anual, bianual ou outra definida pelo grupo.