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ID
1484293
Banca
FCC
Órgão
TJ-PE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - CPC 1973
Assuntos

Quanto à atividade processual do juiz, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Da leitura em conjunto dos artigos 130 e 131 do CPC, percebe-se que a alternativa correta é a letra B!!!


    "Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.


    Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento."


  • Marquei a letra b por ser a menos errada...a meu ver, a questão merece anulação, pois somente estaria correta se tivesse ressalto que é o livre convencimento motivado, conforme expressa previsão do artigo 131 do CPC. Aguardaremos o resultado dos recursos e o gabarito final...

  • O princípio da identidade física do juiz pode ser observado tanto no CPP como CPC a saber;

    CPP

    Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.

     § 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

    CPC

    Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.

  • O novo CPC não prevê expressamente o princípio da identidade física

  • gabarito: B
    Complementando a resposta dos colegas...

    a) ERRADA.
    O princípio da identidade física do juiz está previsto no art. 132 do CPC atual:

    Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor. 

    Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as provas já produzidas.
    Conforme DIDIER (Curso de Direito Processual Civil, vol. 1, 2013): "O art. 132 do CPC estabelece o chamado princípio da identidade física do juiz, segundo o qual o juiz da sentença deve ser o mesmo que ultimou audiência de instrução e julgamento. Trata-se de regra que deriva do princípio da oralidade, segundo o qual as provas devem ser produzidas perante o magistrado que julgará a causa".

    c) ERRADA.

    Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.


    d) ERRADA.
    Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim proibido por lei, o juiz proferirá sentença que obste [impeça, obstrua] aos objetivos das partes.

    e) ERRADA. [justificativa que também serve à letra B, correta]
    Conforme DIDIER (Curso de Direito Processual Civil, vol. 2, 2013), há variados sistemas de valoração da prova:
    "a) critério positivo ou legal: (...) Há o tarifamento das provas, uma vez que cada prova tem como que tabelado o seu valor, do qual não há como o magistrado fugir. O juiz não passa de mero aplicador da norma, preso ao formalismo e ao valor tarifado das provas.
    b) livre convicção: O juiz é soberanamente livre quanto à indagação da verdade e apreciação das provas. A consciência do juiz não está vinculada a qualquer regra legal, quer no tocante à espécie de prova, quer no tocante à sua avaliação. Esse sistema ainda sobrevive nos julgamentos do júri popular.
    c) persuasão racional ou livre convencimento motivado: Não obstante apreciar as provas livremente, o juiz não segue as suas impressões pessoais, mas tira a sua convicção das provas produzidas, ponderando sobre a qualidade e a força probante destas; a convicção está na consciência formada pelas provas. Desenvolveu-se sob influência das idéias iluministas do século XVII. É o sistema seguido por nosso CPC (art. 131)."

  • Pessoal letra B é a menos errada, o principio é o livre convencimento MOTIVADO, e não o simples livre convencimento, pois este último possibilitaria ao magistrado julgar sem ter que motivar suas convicções o que não é permitido como regra.

  • Questão digna de anulação. É sabido que o livre convencimento e o livre convencimento MOTIVADO são sistemas de apreciação da prova totalmente distintos (no primeiro o juiz aprecia a prova como e julga como bem entender; no segundo tem que MOTIVAR as razões e em quais provas formou seu convencimento). É inclusive matéria constitucional (art. 93, CF). Qualquer doutrina que abrirmos dirá isso. Lamentável...

  • A condução do processo não é feita de acordo com critérios de conveniência e oportunidade do juiz. Não há discricionariedade judicial: cumpre-lhe, com o apoio de seus auxiliares, fazer executar as regras da lei processual. A imparcialidade é garantia do jurisdicionado, e decorrência do princípio do juiz natural, que impede que as partes possam escolher o juiz da causa. Este deve ser iden­ tificado de acordo com regras previamente existentes no ordenamento jurídico.


  • Alternativa A) Ao contrário do que se afirma, o princípio da identidade física do juiz tem incidência tanto no processo penal quanto no processo civil. No Código de Processo Civil este princípio está positivado no art. 132 (CPC/73), segundo o qual o juiz que presidir a audiência de instrução deve ser o mesmo que julgar a causa, de forma a garantir que o órgão julgador seja aquele que, de fato, esteve presente durante a produção das provas, tendo tido contato direto com elas e com as partes do processo. Afirmativa incorreta.
    Alternativa B) De fato, o juiz é livre para determinar a produção das provas que entender necessárias para a formação de seu convencimento, derivando esta faculdade de seu poder instrutório. Produzidas as provas, o juiz é livre para valorá-las em seu conjunto, de forma igualitária, sem que o valor de uma se sobreponha, em abstrato, ao de outra. É isso o que indicam os princípios do livre convencimento motivado e o da persuasão racional. Afirmativa correta.
    Alternativa C) O julgamento judicial é obrigatório, não podendo o juiz esquivar-se de prestar a jurisdição quando esta lhe for solicitada. O princípio da inafastabilidade da jurisdição está positivado no art. 5º, XXXV, da CF, nos seguintes termos: "A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". O exercício da jurisdição, portanto, é obrigatório, não podendo ser avaliado por critérios de conveniência e oportunidade. Afirmativa incorreta.
    Alternativa D) Ao contrário do que se afirma, é dever do juiz impedir que as partes se utilizem do processo para praticar ato simulado, devendo proferir sentença que, neste caso, obste aos seus objetivos (art. 129, CPC/73). Afirmativa incorreta.
    Alternativa E) Vide comentário sobre a alternativa B. O ordenamento jurídico brasileiro não adota o sistema hierarquizado de provas, mas o sistema do livre convencimento motivado do juiz. Afirmativa incorreta.
  • No novo CPC não há referência ao Princípio da Identidade Física do Juiz, uma vez que o artigo 132 não foi repetido. ;)

  • O CPC de 2015 estabelece em seu artigo 371 que “o juiz apreciará a prova constante dos autos independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento”.

    No CPC de 2015 não encontramos a palavra “livremente” estabelecida no artigo 131 do CPC/73 e no art. 118 do CPC/39, o que tem levado alguns intérpretes da Lei 13.105/2015 a asseverar não mais existir no Direito Processual Civil Contemporâneo o princípio do livre convencimento motivado.

  • QUESTÃO DESATUALIZADA, uma vez que o NCPC não mais prevê o princípio da identidade física do juiz. Desse modo, pode haver um juiz para instruir o processo e outro para julgá-lo, sem que haja nulidade. Assim sendo, a alternativa A também está correta. 

  • Art. 140 NCPC:  O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.

  • Quanto à atividade processual do juiz, é correto afirmar que

    A) o princípio da identidade física do juiz é próprio do processo penal, não do processo civil. DESATUALIZADA.

    Princípio da identidade física do juiz: “o juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor”.

    O novo CPC extirpou do ordenamento processual civil o princípio da identidade física do juiz (não há dispositivo correlato ao artigo 132 do CPC/73). Logo, o juiz que concluir a audiência não precisará, necessariamente, julgar a lide.

    .

    B) o poder instrutório do juiz pode ser realizado de ofício, decidindo o processo com base nos princípios do livre convencimento e da persuasão racional. CERTA.

    Conceitualmente, caracteriza-se o sistema do livre convencimento motivado ou persuasão racional como "aquele em que o juiz, observados os limites do sistema jurídico, pode dar a sua própria valoração à prova, sendo dever seu o de fundamentar, isto é, justificar a formação de sua convicção"

    .

    C) deve ele decidir por meio de critérios de conveniência e oportunidade, como regra geral. ERRADA.

    Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.

    Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.

    Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.

    Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

    .

    D) é defeso a ele impedir que as partes se sirvam do processo para praticar ato simulado. ERRADA.

    Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.

    .

    E) o juiz apreciará a prova de acordo com o sistema hierarquizado previsto na lei processual civil. ERRADA.

    São três os principais sistemas probatórios: sistema legal de provas (prova tarifada), sistema da intima convicção e sistema do livre convencimento motivado (persuasão racional). O CPC adota o sistema do livre convencimento motivado ou persuasão racional.