Oswaldo Cruz agiu exclusivamente com base na autoridade de seus conhecimentos médicos, sem a preocupação de esclarecer a opinião pública. Ele manteve sua ação e esbarrou em forte resistência ao combate à varíola por meio da vacina. A população estava cética em relação à sua eficácia, e persistiam sérias dúvidas sobre os seus efeitos reais. A maioria acreditava que a vacina era um meio de contrair a doença. Oswaldo Cruz não hesitou: colocou os vacinadores na rua, e estes, apoiados por policiais, entravam nas casas e vacinavam à força. Contudo, para atingir resultados definitivos era necessária a vacinação em massa, num processo rápido.
Em favor do governo, um projeto de lei tornou a vacinação obrigatória. A resistência, porém, já havia ganhado as ruas. Num comício contra a vacina os representantes populares assumiram espontaneamente a direção do evento com discursos explosivos. A intervenção da polícia deu origem ao confronto que se espalhou por toda a cidade.
(Adaptado de: Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História do Brasil: no contexto da História ocidental. São Paulo: Atual, 2003. p.399)
A partir do texto, está correto afirmar que a Revolta da Vacina permanece, na história brasileira, como um exemplo de um movimento popular de êxito, baseado na defesa