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ID
1525378
Banca
CONSULPLAN
Órgão
HOB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O choque hipovolêmico é o tipo de choque mais comum caracterizado por um volume intravascular diminuído. O posicionamento adequado do paciente nessa situação ajuda na redistribuição de líquidos no organismo, sendo uma ação auxiliar no tratamento deste tipo de choque. Qual deve ser o posicionamento do paciente nesta situação?

Alternativas
Comentários
  • Choque hipovolêmico é condição clínica ou cirúrgica na qual ocorre perda rápida de fluídos que resulta no fracasso de múltiplos órgãos devido a perfusão inadequada. A maior parte dos choque hipovolêmico é secundária a perda rápida de sangue (choque hemorrágico). Assim a hipovolemia leva a uma hipoperfusão tecidual , com desequilíbrio no aporte de Oxigênio e substratos energéticos que podem causar sofrimento dos tecidos até a morte. Deste modo, o choque caracteriza-se clinicamente pela combinação de hipotensão (PAM<60 mmHg), taquicardia, taquipneia, hipersudorese e sinais de hipoperfusão periférica como sejam a palidez, a cianose, extremidades frias e úmidas, oligúria, acidose metabólica, alterações sensoriais e do estado de consciência.

    O objetivo do tratamento do choque hemorrágico é cessar o sangramento, restaurar o volume intravascular, além de normalizar o metabolismo oxidativo e a perfusão tissular

    Para reverter a hipovolêmia e estabilizar as funções hemodinâmicas deve-se promover uma punção venosa com cateter periférico de grosso calibre, administrar soluções para reposição da volemia corporal e medicamentos de acordo com a prescrição médica; coletar sangue para exames laboratoriais; notificar banco de sangue; controlar sangramento por compressão direta; colocar o paciente em posição de Trendelemburg, realizar monitorização cardíaca dos sinais vitais e se necessário inserir sonda vesical de foley para iniciar o balanço hídrico e notificar qualquer alteração das condições do paciente.

    Posição de Trendelemburg reverso ou proclive é usada frequentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII.

    Posição de Trendelemburg - Nessa posição o paciente fica em posição dorsal com elevação da pelve e membros inferiores, por inclinação da mesa, a cabeça fica mais baixa que os pés. Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no córtex cerebral e gânglio basal quando a PA cai repentinamente e aumenta o fluxo sanguínea arterial para o crânio

    Gabarito do Professor: Letra D


    Bibliografia

    Swearingen PL, Keen JH. Manual de Enfermagem no Cuidado Crítico: Intervenções de Enfermagem e Problemas Colaborativos. 4º edição, ed. Artmed, Porto Alegre, 2007.

    Guyton, A. C.  e Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica, 12ª Edição. Editora Elsevier, 2011.