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ID
1528543
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

As intervenções [federais nos estados] estavam previstas no artigo 6º da Constituição Federal. O pacto político nacional conferia às situações (oligarquias) o direito de controle estadual – não foi outra senão esta a diretriz política de Campos Sales com a sua “política dos Estados”. [...] Sendo uma forma de proceder a mudanças nos quadros políticos estaduais, elas iam de encontro à autonomia estadual, tida como um dos elementos caracterizadores do período.

                                                                              CAMPOS, F. Itami. O coronelismo em Goiás. Goiânia: Ed. Vieira, 2003. p. 49-50.

No tocante a Goiás, no período da República Velha, o recurso da intervenção federal

Alternativas
Comentários
  • Letra correta: 

    b) não foi utilizado, apesar de várias solicitações, uma vez que Goiás era um estado periférico, com baixa densidade demográfica e fraca economia, tornando-o pouco significante para o Governo Federal.

     

    Resposta: http://www.conjur.com.br/2014-abr-03/passado-limpo-provocacao-intervencao-federal-goias-1905

     

    A Consultoria-Geral da República fora, assim, instada a opinar se era hipótese de intervenção federal. O Consultor-Geral observou que o problema não se colocava nos exatos termos da previsão constitucional que se aplicava ao caso. Não havia invasão estrangeira, não havia — objetivamente — perturbação da ordem, não havia descumprimento de lei ou de sentença federal. Não se observava, mais uma vez — objetivamente — ameaça à forma federativa de Estado. Argumentava o Consultor-Geral que o governo até poderia ser ilegal, e ainda assim não seria contrário à forma federativa de Estado.

    O parecer fez amplo uso da doutrina e da pragmática norte-americanas, ambiente que fixou as linhas gerais do federalismo. Concluiu Araripe Júnior que a ordem constitucional permitia intervenção para restabelecimento da ordem, e não para prevenção. Isto é, cristalizou-se doutrina no sentido de que a intervenção federal no estado, se possível, seria repressiva, e não preventiva. Especialmente porque, naquele contexto, o governo de Goiás não estava acéfalo.

  • Na interpretação de Francisco Itami Campos, Goiás é estado periférico, ao lado de vários outros que compõem o arranjo oligárquico da República Velha, no pólo oposto de estados hegemônicos como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Por meio de uma minuciosa investigação, o autor caracteriza essa situação de periferia: economia baseada na pecuária extensiva e na agricultura de subsistência; população escassa e dispersa em um imenso território; situação de isolamento, resultado das comunicações precárias, já que não há estradas para o escoamento da produção.

     

    http://www.redalyc.org/pdf/703/70350211.pdf

  • Questão anulável.

     

           A alternativa B ressalta que não houve intervenção federal em Goiás no período da república velha (1889 até 1930). Todavia, em 1891 a 1892, Brás Abrantes foi interventor em Goiás, nomeado por Floriano Peixoto. A questão estaria correta se se referisse ao 2º período da república velha. Veja-se:

     

    A Primeira República Brasileira, também conhecida como República Velha (em oposição à República Nova, período posterior, iniciado com o governo de Getúlio Vargas), foi o período da história do Brasil que se estendeu da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, até a Revolução de 1930 que depôs o 13º e último presidente da República Velha Washington Luís. Nesse período o Brasil foi nomeado de Estados Unidos do Brasil, o mesmo nome da constituição de 1891, também promulgada nesse período.[1]

     

    A República Velha é dividida pelos historiadores em dois períodos. O primeiro período, chamado de República da Espada, foi dominado pelos setores mobilizados do Exército apoiados pelos republicanos, e vai da Proclamação da República do Brasil, em 15 de Novembro de 1889, até a posse do primeiro presidente civil, Prudente de Moraes. A República da Espada teve viés mais centralizador do poder, em especial por temores da volta da Monarquia, bem como para evitar uma possível divisão do Brasil.[2]

     

    segundo período ficou conhecido como República Oligárquica, e se estende de 1894 até a Revolução de 1930. Caracterizou-se por dar maior poder para as elites regionais, em especial do sul e sudeste do país.[3] As oligarquias dominantes eram as forças políticas republicanas de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na presidência. Essa hegemonia paulista e mineira denomina-se política do café com leite, em razão da importância econômica da produção de café paulista e de leite mineiro para a economia brasileira da época.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Rep%C3%BAblica_Brasileira

     

     

    Braz Benjamin da Silva Abrantes Foi interventor de Goiás por ordem de Floriano Peixoto de 1891 a 1892 e vice-presidente de 1917 a 1921.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Br%C3%A1s_Abrantes

  • Letra B.

    a) Errado. A família Bulhões, para manter-se no poder, deu um golpe e conseguiu destituir o grupo de Xavier de Almeida, em 1909.

    b) Certa. A família Bulhões tentou utilizar o recurso da intervenção federal, mas não conseguiu.

    c) Errado. Os meios de transportes não eram precários, já existia estrada de ferro. Não havia tropas federais estacionadas no estado para promover a destituição do governo local.

    d) Errado. O recurso da intervenção federal não foi utilizado.

    Questão comentada pelo Profª. Rebecca Guimarães