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ID
1534966
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Sobre a leishmaniose visceral canina, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta C -

    PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.426, DE 11 DE JULHO DE 2008

    Considerando que não existem medidas de eficácia comprovada que garantam a não-infectividade do cão em tratamento, resolvem:

    Art. 1º - Proibir, em todo o território nacional, o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não-registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

     

     

  • Questão antiga e defasada, já que já temos a liberação para o tratamento com o Milteforan

  • Nada a ver a pergunta da questão com a liberação do Milteforan, que não é uma droga de uso humano. O uso de drogas de uso humano e não registradas ainda continua proibidos.

    Resposta letra: C

  • DPP: teste de triagem.

  • Em relação às letras A e B:

    Na fase inicial da doença é caracterizada por lesões cutâneas, como: alopecia, despigmentação de pelos, descamação e eczema, em particular no espelho nasal e orelha, pequenas úlceras rasas, localizadas mais frequentemente ao nível das orelhas, focinho, cauda e articulações. Nas fases mais adiantadas, observa-se, com grande frequência, onicogrifose, esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia, dermatites, úlceras de pele, distúrbios oculares (conjuntivites, ceratites, ceratoconjuntivite, blefarites e/ou uveítes), coriza, apatia, diarreia, hemorragia intestinal, edema de patas e vômito, além da hiperqueratose. Na fase final da infecção, ocorrem em geral a paresia das patas posteriores, caquexia, inanição e morte. Entretanto, cães infectados podem permanecer sem sinais clínicos por um longo período de tempo

  • ALTERNATIVA CORRETA C

    MANUAL INTEGRADO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE LEISHMANIOSE VISCERAL

    3.2 No Cão

    Classicamente a leishmaniose visceral canina (LVC) apresenta lesões cutâneas, principalmente descamação e eczema, em particular no espelho nasal e orelha, pequenas úlceras rasas, localizadas mais ao nível das orelhas, focinho, cauda e articulações e pêlo opaco.

    Nas fases mais adiantadas da doença, observa-se, com grande frequência, onicogrifose, esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia, dermatites, úlceras de pele, ceratoconjuntivite, coriza, apatia, diarréia, hemorragia intestinal, edema de patas e vômito, além da hiperqueratose.

    Na fase final da infecção, ocorre em geral a paresia das patas posteriores, caquexia, inanição e morte. Entretanto, cães infectados podem permanecer sem sinais clínicos por um longo período de tempo.

    3.2.1 Diagnóstico Laboratorial

    De uma maneira geral o diagnóstico da LVC vem se apresentando como um problema para os serviços de saúde pública. A problemática deve-se principalmente a três fatores:

    1 – variedade de sinais clínicos semelhantes às observadas em outras doenças infecciosas;

    2 – alterações histopatológicas inespecíficas e

    3 – inexistência de um teste diagnóstico 100% específico e sensível.

    O diagnóstico laboratorial da doença canina é semelhante ao realizado na doença humana, podendo ser baseado no exame parasitológico ou sorológico. Para determinar o exame laboratorial a ser utilizado, é importante que se conheça a área provável de transmissão, o método utilizado, suas limitações e sua interpretação clínica.

    O diagnóstico parasitológico é o método de certeza e se baseia na demonstração do parasito obtido de material biológico de punções hepática, linfonodos, esplênica, de medula óssea e biópsia ou escarificação de pele...

    Outros diagnósticos laboratoriais são a realização de provas sorológicas como a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), ensaio imunoenzimático (ELISA), fixação do complemento e aglutinação direta... 

    O tratamento de cães não é uma medida recomendada, pois não diminui a importância do cão como reservatório do parasito. As tentativas de tratamento da leishmaniose visceral canina, por meio de drogas tradicionalmente empregadas (antimoniato de meglumina, anfotericina B, isotionato de pentamidina, alopurinol, cetoconazol, fluconazol, miconazol, itraconazol), tem tido baixa eficácia.

    O uso rotineiro de drogas em cães induz à remissão temporária dos sinais clínicos, não previne a ocorrência de recidivas, tem efeito limitado na infectividade de flebotomíneos e levam ao risco de selecionar parasitos resistentes às drogas utilizadas para o tratamento humano.