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Sinais encontrados nos sulcos de enforcados:
sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do sulco
sinal de Thoinot: zona violácea ao nível das bordas do sulco
sinal de Azevedo-Neves: livores punctiformes por cima e por baixo das bordas do sulco
sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco
sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada no fundo do sulco
sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco
sinal de Bonnet: marcas de trama do laço
sinal de Schulz: borda superior do sulco saliente e violácea.
MANUAL GENIVAL VELOSO
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– INSTRUMENTO PERFUROCONTUNDENTE -
– É todo agente traumático que ao atuar sobre o corpo, perfura-o e contunde simultaneamente.
– Ex (Projetil de arma de fogo, Picador de gelo, amolador de facas, vergalhão, espeto de churrasco)
– MODALIDADE - LONGA DISTÂNCIA // Distância - >60/70cm // Características - Projétil (Zona de escoriação, Enxugo, Equimótica/contusão)
– MODALIDADE - MÉDIA DISTÂNCIA // Distância - 50 a 60/70cm // Características - Projétil + partículas (Zona de Escoriação, Enxugo e Tatuagem)
– MODALIDADE - CURTA DISTÂNCIA // Distância - 10 a 50cm // Características - Projétil + particulas + fuligem (Zona de Escoriação, Enxugo, Tatuagem e esfumaçamento)
– MODALIDADE - QUEIMA ROUPA // Distância - Até 10cm // Características - Projétil + partículas + fuligem + chama (Zona de Escoriação, Enxugo, Tatuagem, esfumaçamento e queimadura)
– MODALIDADE - CONTATO // DISTÂNCIA - ZERO // Características - Arma apoiada na vitima e gases + projétil + partículas + fuligem + chama + (Zona de Escoriação, Enxugo, Tatuagem, esfumaçamento, queimadura, Desenho da boca da arma e SINAL DE BENASI e CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN)
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GAB: LETRA E
TIRO À QUEIMA-ROUPA OU CURTA DISTÂNCIA:
O tiro à queima-roupa é disparado a menos de 40 ou de 50 centímetros da vítima (conforme a bibliografia utilizada), mas não está o cano da arma encostado na pessoa. Os efeitos do projétil são somados aos da explosão nesse pequeno intervalo entre o cano e a pessoa. O sinal característico desse tiro é a tatuagem produzida pelo disparo em volta do orifício de entrada. Os efeitos da explosão, também chamados de zona são os seguintes :
1) Zona de tatuagem verdadeira: A tatuagem verdadeira é chamada assim porque não sai quando em contato com a água. É resultante dos corpúsculos de pólvora que não foram queimados e são jogados contra o corpo da vítima, formando pontos pretos (tatuagem);
2) Zona de tatuagem falsa (esfumaçamento): O local fica manchado pela fumaça, fuligem, pólvora e gases. É chamada de tatuagem falsa, pois é facilmente retirada com água;
3) Zona de queimadura (chamuscamento): Na explosão pode haver um lampejo de fogo que sai do cano e queima o local, motivo que é chamado de tiro à queima-roupa, pois queima mesmo;
4) Zona de depressão: A zona de depressão é mais difícil de ser encontrada. É decorrente de um jato de gás sob alta pressão, que causa depressão na pele;
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A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.
O halo ou zona de tatuagem é mais ou menos arredondado nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo. Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. A zona de tatuagem é de difícil remoção, não sai com limpeza comum, podendo até ser indelével.
Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma.
A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância - e por que isso? Porque nos tiros encostados, essa pólvora ela vai entrar junto com o ferimento de entrada, e nos tiros à longa distância não vai ter energia suficiente para chegar ao corpo da pessoa.
A) ERRADO. A zona de tatuagem não tem relação com o sinal de bonnet, que diz que na lâmina externa do osso, o ferimento de entrada é arredondado, regular e em forma de “saca-bocado". Na lâmina interna, o ferimento é irregular, maior do que o da lâmina externa e com bisel interno bem definido, dando à perfuração a forma de um funil ou de um tronco de cone. O ferimento de saída é exatamente o contrário, como um amplo bisel externo, repetindo a forma de tronco de cone, mas, desta vez, com a base voltada para fora.
B) ERRADO. A zona de tatuagem nunca está presente no orifício de saída, uma vez que é oriunda dos grãos de pólvora que saem junto com o disparo, e eles não atravessam o túnel do tiro para se impregnar do outro lado. São retidos pelo primeiro obstáculo encontrado (a pele ou vestes da vítima).
C) ERRADO. Nos disparos à distância os grãos de pólvora perdem força antes de chegar ao alvo, não sendo presente, então, a zona de tatuagem nessa modalidade de tiro.
D) ERRADO. Nos disparos encostados não há zona de tatuagem, pois os grãos de pólvora acabam adentrando o ferimento.
E) CERTO. Conforme explicado acima, a tatuagem é um sinal de disparo a curta distância.
Gabarito do professor: Alternativa E.