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Gabarito C. PALUDO (2013): O governo empreendedor não apregoa o Estado mínimo e nem o Estado gigante: apregoa um Estado forte; um Estado visionário, ativo, que lidera, que aponta o caminho, que incentiva, fomenta, apoia; que regula e controla; e que avalia os resultados – e que deixa a maior parcela da execução por conta da iniciativa privada.
Atenção → Nos governos empreendedores a maior parcela da execução fica a cargo da iniciativa privada.
Há muito os Estados ultrapassaram suas funções tradicionais de garantir contratos, justiça e propriedade. Os Estados/Governos modernos preocupam-se com o equilíbrio da economia, preocupam-se com a competitividade dos produtos nacionais em face da globalização – devem indicar o caminho do desenvolvimento nacional, e através de parcerias estratégicas e empreendedorismo devem investir e fomentar a inovação tecnológica, criar condições de infraestrutura e linhas de crédito em nível suficiente para que as empresas nacionais ousem investir mais, inovar mais e criar mais e expandir seus mercados nacional e internacionalmente – gerando divisas, aumentando a arrecadação de impostos, o nível de emprego e de renda, e gerando finalmente não só o crescimento, mas também o desenvolvimento econômico que proporcione aumento de bem-estar geral a toda sociedade.
Nesse sentido, de fomentar a competitividade nacional, é possível afirmar que “a eficiência do serviço público e da função pública é, mais do que nunca, fator determinante para os investimentos internacionais e o desenvolvimento econômico, e, consequentemente, para o emprego e o poder aquisitivo”.2
Para o SEBRAE, empreendedorismo é a arte de fazer acontecer com criatividade e motivação. Consiste no prazer de realizar, com sinergismo e inovação, qualquer projeto pessoal ou organizacional em desafio permanente às oportunidades e riscos. É assumir um comportamento proativo diante de questões que precisam ser resolvidas. É a busca do autoconhecimento em processo de aprendizado permanente, em atitude de abertura para novas experiências e novos paradigmas.
Peter Drucker ensina que o empreendedor busca oportunidades, ele “tem êxito na medida em que analisa sistematicamente as fontes de oportunidades de inovar, identifica uma oportunidade e se põe a explorá-la”. O empreendedorismo é orientado para a missão, para os objetivos e para os resultados. Os governos devem ser empreendedores aptos a construir um projeto de cidade, de estado e de nação, e promover ações capazes de dar respostas aos atuais desafios urbanos e aos anseios da população local, estadual e nacional.
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Muito bom o texto... DANGER ROSA
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A - a maior parcela da execução fica a cargo dos agentes públicos, cabendo à iniciativa privada apenas as tarefas residuais. INCORRETO. A maior parcela da execução fica a cargo da INICIATIVA PRIVADA, cabendo ao poder público apenas a tarefa de gestão, coordenação, monitoramento, planejamento, etc.
B - tem-se por objetivo principal a redução do tamanho do Estado, por meio da diminuição dos gastos públicos. INCORRETO. A gestão pública empreendedora não tem como objetivo principal diminuir o Estado, nem aumentá-lo.
C - dá-se ênfase ao papel dos cidadãos na participação das decisões que afetam sua comunidade e à colaboração com a fiscalização dos serviços públicos. CORRETO.
D - menospreza-se a prevenção dos problemas enfrentados pelo Estado, procurando resolvê-los à medida de seu aparecimento, em virtude da escassez de recursos inerentes ao poder púbico. INCORRETO. A prevenção de problemas não é menosprezada. O poder público não possui escassez de recursos.
E - a administração é centralizadora, cabendo à burocracia diretora dos órgãos públicos todas as decisões importantes em termos de gestão e a responsabilidade integral pelos seus resultados. INCORRETO. A gestão pública empreendedora busca descentralizar e diminuir a burocracia.
O Gabarito é a letra C. Dá pra fazer por exclusão.
Se houver algum erro, por favor, me avise!
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O empreendedorismo governamental surge nos Estados Unidos da década de 90 e tem como principal marco teórico o livro “Reinventando o Governo” de Osborne e Gaebler. Dentre os princípios da gestão pública empreendedora, temos o estímulo à competição dentro do serviços públicos.
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Para
resolução da questão em análise, faz-se necessário o conhecimento sobre gestão
pública empreendedora.
Diante disso, vamos a uma breve explicação.
Segundo Paludo (2013), o
empreendedorismo é a capacidade de aproveitar oportunidades, imaginar, desenvolver
e realizar visões. É a habilidade de criar ou entrar em novos mercados e
assumir os riscos advindos. O empreendedorismo no setor público possui o condão
de melhorar o governo e seus serviços ofertados aos cidadãos.
José Pereira (2008) traz o
empreendedorismo na gestão pública como um esforço para elevar a gestão pública
no Brasil, em termos de resultados e qualidade dos serviços ofertados.
Portanto, a adoção do empreendedorismo traz uma gestão moderna, coordenada,
compartilhada e descentralizada.
Essas características favorecem a
participação da sociedade e do trabalho em equipe, tendo em vista que a
iniciativa e a proatividade são estimuladas com o intuito de criação de valor
para os usuários dos serviços e para a própria gestão pública.
Posto isso, vamos à
análise das alternativas.
A) ERRADO. Paludo
(2013) traz que o governo empreendedor não limita o Estado, seu intuito é
constituir um Estado forte, visionário, ativo e que lidera novos caminhos. E
como forma de romper com antigos hábitos deixa a maior parcela da execução por
conta da iniciativa privada.
B) ERRADO. Não
possui como objetivo a redução do tamanho do Estado, o que preconiza é um
Estado forte, uma vez que o governo empreendedor é um governo especial. É
aquele que rompe os velhos programas e métodos, transformando suas funções em
fontes de receita, em vez de peso sobre o orçamento.
C) CERTO. A
gestão pública empreendedora favorece a participação da sociedade na formulação
e na tomada de decisões de programas e ações, uma vez que o governo pertence à
comunidade e dar responsabilidade e prerrogativas com a fiscalização dos
serviços públicos são primazias do governo empreendedor.
D) ERRADO. Assim
como na iniciativa privada, o governo empreendedor prima pela prevenção. Pois,
sua atuação é pautada no planejamento primando pelos melhores resultados e diminuição
de problemas que possam acarretar a economia de recursos.
E) ERRADO. A
assertiva erra ao trazer que a administração é centralizada, pois uma das
características do governo empreendedor é a descentralização. Uma vez que a
participação do cidadão e o trabalho em equipe tendem a romper com o
“engessamento" da administração. Buscando uma forma de governo democrático e
acelerar o fornecimento de serviços.
Gabarito do professor: Letra “C".
Fonte: PALUDO,
Augustinho. Administração Pública. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.