Questão 1594399

• Banca: INSTITUTO AOCP
• Órgão: EBSERH
• Ano: 2015
• Provas: INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Enfermeiro - Cardiologia Perfusionista
• Disciplina: Enfermagem
• Assuntos: Fisiologia; Fisiologia do Sistema Cardiovascular

Um paciente masculino com 65 anos de idade e 70 Kg está sendo submetido à revascularização do miocárdio. O oxigenador utilizado é o de membrana capilar. Após 40 minutos de perfusão, a temperatura nasofaríngea está em 34ºC, o fluxo arterial é 4200 ml/min, o hematócrito é 24% e o resultado de gasometria arterial é o seguinte: pH 7,48 – PaCO2 23 mmHg – PaO2 é 230 mmHg. Qual é a melhor conduta a ser adotada pelo perfusionista para elevar a PaCO2?

• A. Aumentar o fluxo arterial.
• B. Reduzir o fluxo arterial.
• C. Aumentar o fluxo de gás.
• D. Reduzir o fluxo de gás.
• E. Adicionar sangue no reservatório.

Gabarito: D

Comentários

• Reduzir o fluxo de gas

• O aumento da afinidade da hemoglobina com oxigenio é consequência da excessiva eliminação de co2.

  E para  aumentarmos a PACO2,ou seja, reduzirmos sua eliminação,precisaremos de  reduzir a afinidade da hemoglobina/o2 reduziria assim o fluxo de gás

  fonte:https://www.passeidireto.com/arquivo/19254411/equilibrioacidobase-gasometria/4

• A realização isolada de revascularização miocárdica (RM) pode ser realizada com e sem circulação extracorpórea (CEC). Diversas temperaturas podem ser medidas durante a cirurgia: circulação central; nasofaríngea e bexiga. A mais utilizada é a nasofaríngea, pois representa, aproximadamente, a temperatura do cérebro. Hipotermia sistêmica não é necessária na RM com CEC, devendo-se manter a temperatura entre 32 e 35ºC. O hematócrito não deve ser inferior a 20%. A liberação ou retenção de dióxido de carbono [CO2] pelos pulmões interfere na formação de ácido carbônico, sendo responsável pelo controle dos níveis dos ácidos, ou seja, do potencial de hidrogênio (pH), no plasma e nos demais compartimentos líquidos do organismo. Em condições fisiológicas, o pH sanguíneo transmita entre a faixa de 7,35 e 7,45. Deste modo, quando o pH se encontra abaixo de 7,35 diz-se que há acidose. Por outro lado, se o pH estiver superior a 7,45, diz-se que há alcalose.
  
  A pressão de CO2 varia entre 35 e 45 mm Hg, assim, quando há diminuição na pressão de CO2 associada à alcalose (sem alteração nos níveis de bicarbonato), configura-se um dos distúrbios metabólicos mais severos: a alcalose respiratória. Quando a pressão de CO2 encontra-se abaixo de 35 mm Hg define-se uma alcalose respiratória.
  
  A alcalose respiratória é o distúrbio mais comum durante a circulação extracorpórea estando relacionado com a rápida eliminação de CO2 pelo oxigenador. Portanto a melhor conduta a ser adotada pelo perfusionista para elevar a PaCO2 é reduzir o fluxo de gás.
  
  Gabrito do Professor: Letra D
  
  Bibliografia
  
  Pereira IB, Batista DCS. O Perfusionista e o Equilíbrio Ácido Básico Durante a Circulação Extracorporea. REAS, Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2013. Vol.5(2), 456-473.
  
  Brick AV et al. Diretrizes da cirúrgia de revascularização miocárdica valvopatias e doenças da aorta. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2004, vol.82, suppl.5 , pp.1-20.