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ID
1594753
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Paciente está internado na UTI em VM (ventilação mecânica), sem sedação há 24 horas e reflexo fotomotor ausente. A fisioterapeuta, na aspiração, observou que não havia estímulo, e comunicou a enfermeira e o médico. Diante desse caso, qual é a conduta a ser realizada?

Alternativas
Comentários
  • ==> Assim que a ME é identificada, há a obrigatoriedade de notificação à CNCDO/CET (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos) de acordo com o artigo 13 da Lei nº 9.434/1997.

    A partir da notificação e da abertura do protocolo de ME, deve-se comunicar a família do potencial doador sobre o processo de diagnóstico de ME. Apoio e orientações devem ser dispensados aos familiares durante todo o processo. Ações multiprofissionais devem ser empregadas para a manutenção hemodinâmica do potencial doador a fim de promover perfusão sanguínea adequada aos órgãos/tecidos.

     

    ==> Para iniciar um protocolo de ME, o paciente deve preencher alguns critérios bem estabelecidos.

    É essencial que o paciente esteja em Glasgow 3, sem incursões ventilatórias voluntárias e sem condições confundidoras para o coma, como uso de sedação e bloqueadores neuromusculares, hipotermia ou distúrbios metabólicos graves.

    Além disso, todo paciente com suspeita de ME deve ter comprovada por exame de imagem (tomografia ou ressonância de crânio) uma lesão estrutural encefálica suficientemente grave para justificar o exame neurológico encontrado.

     

    ==> A temperatura deve estar acima de 32˚C, idealmente acima de 35˚C. O protocolo deve ser adiado até a correção da hipotermia moderada.

     

    ==> Medicamentos potencialmente depressores do Sistema Nervoso Central utilizados em doses terapêuticas usuais (ex.: fenobarbital enteral, fenitoína, clonidina, dexmedetomidina, morfina) não contraindicam a abertura do protocolo de morte encefálica. Apenas em casos de intoxicação exógena ou abuso por essas drogas, é recomendável aguardar o tempo de suspensão de 5 meias-vidas para iniciar o protocolo. Nessas situações, deve-se optar por uma prova gráfica de fluxo sanguíneo cerebral como exame complementar.

     

    ==> O protocolo de morte encefálica, atualmente, contempla a execução de 2 exames clínicos, um teste de apneia e um exame complementar comprobatório. A avaliação clínica deve confirmar que o paciente está em coma aperceptivo (ausência de resposta motora após compressão do leito ungueal – ausência de resposta supra-espinhal), ausência dos reflexos de tronco e de incursões respiratórias aparentes.

     

    Fonte: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/ap_protocolo_morte16FINAL.pdf

     

    Letra C

  • reflexo pupilar à luz ou reflexo fotomotor é um reflexo que controla o diâmetro das pupilas em resposta à intensidade (luminância) da luz que incide sobre a retina dos olhos, auxiliando, desse modo, na adaptação a vários níveis de iluminação.

    Quanto maior a intensidade de luz, maior à diminuição das pupilas (miose), permitindo menor penetração de luz, enquanto menores intensidades de luz causam a ampliação das pupilas (midríase), permitindo a penetração de mais luz. Portanto, o reflexo pupilar regula a intensidade de luz que penetra os olhos.[1]

     

    Como apresentamos dois olhos e estes encontram-se perfeitamente conjugados tanto em movimento quanto em adaptação ao meio e atividade, observamos que quando estimulamos com a luz um olho, existe a contração da pupila no outro olho, esse reflexo denominamos reflexo, pupilar ou fotomotor, consensual.[2]

     

    Fonte: 

     [1]Purves, Dale, George J. Augustine, David Fitzpatrick, William C. Hall, Anthony-Samuel LaMantia, James O. McNamara, and Leonard E. White (2008). Neuroscience. 4th ed. [S.l.]: Sinauer Associates. pp. 290–1. ISBN 978-0-87893-697-7

    [2] Wesley., Campbell, William (2000). O exame neurológico (7a. ed.). [S.l.]: Grupo Gen - Guanabara Koogan. ISBN 9788527725767. OCLC 923761503