SóProvas


ID
1599976
Banca
FUNRIO
Órgão
UFRB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Mineração

A mineração é uma atividade altamente demandante por água, especialmente porque a maioria dos processos de beneficiamento e metalúrgicos é realizada por via úmida. A presença de material particulado fino, íons, compostos orgânicos sintéticos e outros reagentes residuais compromete fortemente a qualidade da água que é descartada, podendo gerar um passivo ambiental. Numa campanha de campo para amostragem de água numa barragem de rejeitos da mineração, quais características físicas devem ser observadas e/ou medidas, de maneira expedita, para verificar a qualidade de uma amostra de água que poderá ser reciclada para o processo industrial?

Alternativas
Comentários
  • c) Turbidez, cor, odor, sólidos totais e temperatura.

  • GABARITO C

    Parâmentros físicos: cor, odor, turbidez e temperatura;

    Parâmetros químicos: OD, DBO, DQO, sólidos, dureza, Ph, alcalinidade, nitrogênio, fósforo, componentes orgânicos e inorgânicos;

    Parâmetros biológicos: Coliformes, algas

  • Letra C. Os principais indicadores da qualidade da água são separados sob os aspectos físicos, químicos e biológicos, associadas a uma série de processos que ocorrem no corpo hídrico e em sua bacia de drenagem. Para analisar a qualidade da água é preciso considerar que o meio líquido tem características que condicionam a sua composição, que é a capacidade de dissolução e de transporte. O controle de qualidade da água é conjunto de medidas operacionais que visa avaliar a melhoria e a conservação da qualidade da água estabelecida para o corpo de água em questão (art. 2º, XIV, Res. CONAMA 357/2005). Os padrões de qualidade das águas definido pela legislação ambiental estabelecem limites individuais para cada substância em cada classe de qualidade - conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros. (Resolução CONAMA nº: 357/2005).

    As concentrações máximas permitidas para das substâncias são estabelecidas nas Resoluções CONAMA 357/05, 396/08 e 430/2011, que dispõem sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e superficiais e estabelecem as condições e padrões de lançamento de efluentes.

    Os indicadores de qualidade física são cor, turbidez, temperatura, sabor e odor. A cor denuncia a existência de substâncias em solução, geralmente material orgânico. Já a turbidez representa a materiais em suspensão, que podem ser organismos microscópicos ou colóides, como silte, argila e outras partículas. A temperatura é um indicador importante, visto que interfere nas propriedades da água, como oxigênio dissolvido, densidade e viscosidade. O sabor e o odor podem ser decorrentes de fontes artificiais, como poluentes industriais ou fontes naturais, como compostos orgânicos, vegetação ou algas em decomposição. Os indicadores de qualidade química estão relacionados ao potencial hidrogeniônico (pH), alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês, nitrogênio, fósforo, fluoretos, oxigênio dissolvido (OD), matéria orgânica (Demanda Bioquímica de Oxigênio: DBO e Demanda Química de Oxigênio: DQO) e os componentes orgânicos e inorgânicos.Os indicadores de qualidade biológica são as algas e os coliformes. As algas produzem grande parte do oxigênio dissolvido, mas em grandes quantidades provocam a eutrofização que é o processo de poluição de corpos d´água que ficam com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água, apresentando colocação turva. Isso provoca a morte de diversas espécies animais e vegetais, e tem um altíssimo impacto para os ecossistemas aquáticos.