a) J. L. Austin e P. F. Strawson são dois importantes representantes da chamada filosofia da linguagem comum. CORRETA. Também chamada de “Filosofia de Oxford”, essas representações são associadas às obras de vários filósofos que trabalhavam e ensinavam em Oxford em meados do século XX. Entre eles, destacam-se J. L. Austin, Gilbert Ryle e Peter Strawson. Fora do círculo de Oxford, o trabalho tardio de Wittgenstein é o exemplo mais destacado de filosofia da linguagem comum.
b) Os filósofos da linguagem comum focalizam seus estudos na formalização lógica da linguagem ordinária. ERRADA. O foco desses filósofos ( J. L. Austin, Gilbert Ryle e Peter Strawson) da linguagem comum não focalizam seus estudos em FORMALIZAÇÕES LÓGICAS. Pois, se concentram na linguagem dos falantes tal como forjadas no cotidiano, ou seja, através de uma análise de usos correntes com suas riquezas e variedades. Ficaria correta: Os filósofos da linguagem FORMAL focalizam seus estudos na formalização lógica da linguagem ordinária
c) Os filósofos da linguagem ordinária se dedicam a analisar as expressões tal como são usadas na linguagem natural buscando, com isso, dissolver alguns problemas filosóficos tradicionais. CORRETA. A analise da Filosofia da linguagem comum ou filosofia da linguagem ordinária ou, ainda, filosofia da linguagem cotidiana se dá através do estudo de usos correntes da linguagem, mostrar alguns problemas típicos da filosofia que se dá a partir de mal entendidos. Por isso, aproveitam-se dos estudo das linguagens correntes ou cotidianas e registram o seu uso para a solução dos conflitos latentes.
d) A teoria de J. L. Austin, em seu livro “Como fazer coisas com palavras” (1962), foi uma fonte importante para o desenvolvimento da pragmática filosófica. CORRETA. John Langshaw Austin (Lancaster, 26 de Março de 1911 — Oxford, 8 de Fevereiro de 1960) foi um filósofo da linguagem britânico que desenvolveu uma grande parte da actual teoria dos actos de discurso. Filiado à vertente da Filosofia Analítica e um dos seus grandes trabalhos foi seu livro: “Como fazer coisas com palavras” (1962).
e) Strawson, ao analisar linguisticamente conceitos do senso comum, como corpo, pessoa, tempo e espaço, buscou desenvolver o que ele chamou de uma “metafísica descritiva”. CORRETA. Peter Frederick Strawson (1919-2006) era um filósofo de Oxford cuja carreira abrangeu a segunda metade do século XX. Ele escreveu sobretudo sobre a filosofia da linguagem, metafísica, epistemologia e a história da filosofia, especialmente Kant. O pressuposto básico de Strawson é que não temos escolha senão empregar os conceitos fundamentais do senso comum, aqueles do corpo, da pessoa, do espaço e do tempo, causação e também do significado, da referência e da verdade. A sua aplicabilidade não precisa ser obtida por uma redução a um domínio de conceitos, supostamente mais básico e seguro, como os da experiência tal como concebidos pelos empiristas ou os da ciência. Não há mais nível de pensamento básico ou seguro. Ele manteve, de várias maneiras, que os desafios céticos para essas categorias são falsos e injustificados. De acordo com Strawson, a tarefa apropriada da metafísica é descrever essas noções indispensáveis e suas interconexões. Ele se opunha às teorias filosóficas da linguagem, como Russell ou Davidson, ao interpretá-la, que superestimam o grau em que a linguagem comum é semelhante às linguagens formais, e também se opôs a atitudes céticas às noções de significado e verdade ao longo das linhas desenvolvidas por Quine e Dummett. Em Oxford, Strawson contribuiu de forma importante para o enfraquecimento da influência de Austin e ajudou a restabelecer um envolvimento com questões filosóficas abstratas. O alcance e a qualidade dos escritos de Strawson o tornaram um dos principais filósofos no período em que ele viveu, e seu trabalho ainda atrai uma atenção considerável.