Alternativas
A emergência das ditaduras militares está relacionada ao contexto da Guerra Fria e à ameaça da expansão internacional do
comunismo, especialmente após o êxito da Revolução Cubana em 1959 e seu posterior alinhamento ao Bloco Socialista.
Os golpes militares foram apoiados por vários setores sociais como atestam, por exemplo, os boicotes que industriais e
comerciantes realizaram no Chile para desgastar a presidência de Salvador Allende e a conhecida “Marcha da Família
com Deus pela Liberdade”, contra o governo de João Goulart.
Centros de inteligência militar disseminados nessa época, em diferentes países, passaram a definir os contornos da
chamada Doutrina de Segurança Nacional, voltada ao combate de um inimigo interno, propagador de “ideias subversivas”
e, portanto, identificado como nocivo aos interesses da “nação”.
Apesar das diferenças, algumas características foram comuns a todos os regimes militares desse período: a suspensão
total ou parcial de atividades legislativas, a falência dos regimes e partidos políticos tradicionais, a militarização da
vida política e social e a prática das prisões e da tortura.
Os exércitos da Bolívia, Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Paraguai e México estabeleceram um pacto para coordenar
operações repressivas, com o objetivo de combater a propagação do comunismo em toda a América Latina, conhecido
como Operação Condor.