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ID
1641643
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPF
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da aplicação da odontologia forense na identificação de vítimas em casos em que não é possível a utilização de métodos tradicionais ou o reconhecimento visual, julgue o próximo item.


A avaliação antropológica detalhada do crânio, por meio de reconstruções faciais em três dimensões, possibilita a determinação do sexo, da idade e da altura do indivíduo. Esse tipo de avaliação, em geral, consiste na determinação dos conjuntos de médias da profundidade dos tecidos moles sobre pontos craniométricos determinados como guias dos contornos faciais.

Alternativas
Comentários
  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em odontologia médico-legal.

    O crânio é uma das partes do esqueleto que oferecem mais segurança para os peritos forenses na busca da informação quanto ao sexo, a idade, a ancestralidade e a estatura do indivíduo a ser estudado.

    Diferentes metodologias têm sido aplicadas na reconstrução facial tridimensional através de técnicas manuais, como o método Americano, onde o crânio é usado como uma base sobre a qual aplica-se material de modelagem esculpindo-se os tecidos moles utilizando-se determinadas relações anatômicas obtidas durante estudos antropológicos do crânio e da profundidade dos tecidos.

    Referências:
    Tedeschi-Oliveria, S. V. AVALIAÇÃO DE MEDIDAS DA ESPESSURA DOS TECIDOS MOLES DA FACE EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL ATENDIDA NA SEÇÃO TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS - SÃO PAULO (Disponível em Teses USP).


    Gabarito do professor: CERTO.
  • Gaba. C

    Tomografias Computadorizadas podem servir como fonte de imagens para a realização de reconstruções faciais. Vários autores avaliaram a precisão desse exame imaginológico, com vistas à reconstrução facial. 

    Sforza et al. (2009b) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar as possíveis alterações dos tecidos moles orbitários entre as faixas de idade que compreendem a infância e a fase adulta.

    Os resultados encontrados mostraram que todas as dimensões orbitárias lineares analisadas (...) foram significativamente maiores em indivíduos do gênero masculino. Uma diferença estatisticamente significante foi encontrada com relação ao dimorfismo sexual para à área dos tecidos moles orbitários, e para a inclinação orbitária versus a uma posição mais natural da cabeça (ambas as mensurações foram maiores em indivíduos do gênero masculino).

    As larguras biocular e intercantal, altura orbitária, comprimento da distância da fissura palpebral e a área de tecidos moles orbitários aumentaram da infância para a fase adulta;

    Trechos retirados da tese de Clemente Maia da Silva, em teses da USP. Link: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-03072010-103917/publico/ClementeMaiadaSilvaFernandes.pdf