Apesar de existirem mais de 50 isótopos radioativos diferentes na natureza, a maioria é muito rara ou fracamente radioativa. Sendo assim, as principais fontes de radiação gama detectadas na superfície terrestre provêm da desintegração natural do potássio (40K) e dos elementos das séries do urânio (238U) e do tório (232Th) presentes na composição da maioria das rochas (Cox 1979, Telford et al. 1990, Dickin 1995, Faure 1997).
A contagem total de radiação é obtida por intermédio de um espectrômetro, pela medida de todos os raios gama dentro da janela energética de 0,41 a 2,81 MeV. Neste intervalo, cada elemento é associado a um canal do espectrômetro onde as suas energias estão centradas: os raios gama emitidos pelo potássio (40K) se concentram no pico de energia de 1,46 MeV (Ribeiro et al., 2013).