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Gabarito definitivo alterado pela banca.
"A utilização do termo “apenas” tornou incorreta a afirmação feita no item."
http://www.cespe.unb.br/concursos/FUB_15_1/arquivos/FUB_15_JUSTIFICATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO.PDF
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Lycarião e Sampaio (2016) desenvolveram mecanismos para se compreender de que forma se dá a construção da agenda pública. Segundo os autores, é importante diferenciar os tipos de agendamento entre factual e temático e analisar a dimensão temporal no qual ele ocorre. Sobre o tipo de agendamento, pode-se classifica-los como factual, aquele que se limita a um acontecimento, fato ou notícia específico, e como temático, aquele de caráter abrangente. Em relação à dimensão temporal, os autores as dividem em três: curto prazo, entre 1 e 14 dias, médio prazo, com duração de meses, e longo prazo, com duração de anos. Essas condições influenciariam diretamente as dinâmicas de construção da agenda pública.
LYCARIÃO, Diógenes; Rafael Cardoso Sampaio. «A Construção da Agenda Pública na Era da Comunicação Digital». 2016
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Olá, onde vocês buscam material de estudo para prestar concursos para área de Jornalista? Estou tendo grande dificuldade para encontrar materiais concisos e de qualidade.
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Em 1972, foi publicado um artigo em uma revista acadêmica nos Estados Unidos, assinado por McCombs e Shaw, intitulado The Agenda Setting Function of Mass Media. Neste artigo foi formulada uma das principais teorias do jornalismo, da forma que os apresentam a realidade para as pessoas, ou seja, da maneira utilizada por eles para definir o que será discutido pela sociedade. Assim, surge a teoria do agendamento, que conforme apresentado anteriormente, define quais assuntos serão da agenda pública em detrimento de outros considerados menos importantes pela mídia, ou como definiu (BARROS FILHO, 2001, p. 169): “[...] um tipo de efeito social da mídia. É a hipótese segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias, vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá”.
A teoria do agendamento apresenta-se como um poder que o próprio jornalismo não sabia possuir. Nela, fica claro que a mídia pode influenciar a maneira que os acontecimentos são apresentados para a opinião pública, apresentando um mundo que talvez não seja o verdadeiro, uma realidade formada pelos meios de comunicação. Conforme constatado em um estudo feito por Donald Shaw (1979), a agenda setting devido à ação dos meios de comunicação tem o poder de incluir ou excluir certos acontecimentos dos cenários públicos. Para muitos autores a agenda setting ou teoria do agendamento é teorizada de forma demasiada como uma teoria política. Essa constatação ocorre em virtude do artigo “The Agenda Setting Function of Mass Media” ter sido idealizado para verificar a influência da mídia na campanha presidencial de 1968 nos Estados Unidos. Além disso, os autores queriam verificar o que os votantes pensavam ser os temas mais relevantes, a partir do que era publicado pelos mídia.
Grande parte das pesquisas sobre a teoria do agendamento baseou-se na análise das campanhas eleitorais para chegar a conclusões sobre os efeitos dos meios de comunicação social no enquadramento dos temas e na projeção destes ao público. A mídia é a principal fonte de informação que os cidadãos têm e, através disso, ela propõe e dita quais os assuntos que a sociedade deve pensar e como estes devem ser pensados.
Fonte: Agenda Setting Efeitos e conceitos no cenário contemporâneo - Gustavo Bauer Willrich.
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Segundo Barros Filho (2001, p. 180),
a primeira variável das pesquisas de agenda setting diz respeito ao período de eficácia.
Não há uma harmonia na definição de prazos para a constatação dos efeitos.
Muitos autores se limitam à análise de prazos curtos, embora o agenda setting esteja no rol dos efeitos a longo prazo.