SóProvas


ID
1649578
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia

A investigação lógica dos métodos de economia política leva a um resultado que pode ser empregado a todas as ciências sociais. Esse resultado mostra que há um método puramente objetivo nas ciências sociais, que se pode bem designar como o método objetivo-compreensivo ou como lógica situacional. Uma ciência social objetivo-compreensiva pode ser desenvolvida independentemente de todas as ideias subjetivas ou psicológicas - por exemplo, desejos, motivos, lembranças e associações. (...) O método da análise situacional é, portanto, um método individualista, mas não psicológico. (...) Costumo chamá-lo lógica situacional. As explicações da lógica situacional aqui descritas são reconstruções racionais, teóricas. São supersimplifícações e superesquematizadas e, por isso, em geral, falsas. No entanto, podem ter grande conteúdo de verdade e podem, no sentido estritamente lógico, ser boas aproximações da verdade (...). N esse sentido, o conceito lógico de aproximação da verdade é indispensável para as ciências sociais que se baseiam na análise situacional. Mas, sobretudo, as análises situacionais são racional e empiricamente criticáveis e passíveis de melhoria.
Karl Popper. A lógica das ciências sociais (com adaptações).

A partir do texto acima e acerca da questão do método e da objetividade nas ciências humanas, julgue o próximo item.

Para Karl Popper, o método da análise situacional é individualista, logo subjetivista.

Alternativas
Comentários
  • Está errado, pois para Popper a análise situacional é individualista, uma vez que trata de um esforço racional individual em busca da verdade, porém não subjetivista já que se aplica através da lógica situacional, ou seja, da análise ampla da situação estudada. Dessa forma, a análise situacional deve ser considerada individualista, pois produzida a partir de um indivíduo, porém não deve ser considerada subjetivista devido ao grande esforço de descrever uma dada situação por parte do cientista, suas múltiplas influências, superando o caráter subjetivo do problema e da explicação.