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ID
167428
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A política social, segundo José Paulo Netto, tem sua funcionalidade no âmbito do capitalismo monopolista. Nesta linha, pode ser considerada como

Alternativas
Comentários
  • Segundo Netto (in Lombardi 2010), deve-se levar em conta que a estrutura econômica insere-se em uma totalidade contraditória onde as mediações
    se dão de forma concreta. E assim, “se creditam concretamente às relações de forças políticas e aos projetos específicos das classes e franjas de classes em presença”  (PAULO NETTO, 1992, p. 49). Com isso, o autor quer enfatizar que na sociedade capitalista os protagonistas histórico-sociais são as classes, e neste sentido, a história as tem como sujeitos sociais que se confrontam na defesa de seus interesses antagônicos.

    e-revista.unioeste.br/index.php/educereeteducare
  • "Não há dúvidas de que as políticas sociais decorrem fundamentalmente da capacidade de mobilização e organização da classe operária e do conjunto dos trabalhadores, a que o Estado, por vezes, responde com antecipações estratégicas. Entretanto, a dinâmica das políticas sociais está longe de esgotar-se numa tensão bipolar - segmentos da sociedade demandantes/Estado burguês no capitalismo monopolista. De fato, elas são resultantes extremamente complexas de um complicado jogo quem que protagonistas e demandas estão atravessados por contradições, confrontos e conflitos". (Livro Capitalismo Monopolista e Serviço Social, pág. 33).

  • Segundo José Paulo Netto (Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 5ª edição - São Paulo: Cortez, 2006), no capitalismo dos monopólios a esfera estatal e a burguesia passam a responder as sequelas da questão social devido a efervescência das lutas e movimento operário e emergência dos partidos operários de massas. Assim, aquele contexto indicava a necessidade de absorção das demandas imediatas postas por esse processo reivindicativo e organizativos dos trabalhadores, que de certa forma não vulnerabilizou a ordem que iria se constitui (o capitalismo monopolista) mas a modificou em alguns aspectos consideravelmente. Por isso, a função de assegurar consenso, que no capitalismo monopolista se torna indispensável, e a ampliação de direitos e garantias de participação política não foi casual ou coincidente, sendo inclusive suportável pelo Estado burguês no capitalismo monopolista. Além de ser uma necessidade para continuar desempenhando sua funcionalidade econômica devido as circunstâncias históricas da emergência das lutas dos trabalhadores. Contudo, vale indicar que contemplar as demandas e reivindicações da classe trabalhadora pelo Estado burguês não corresponde a sua aptidão natural e normal. Todavia, o ingresso no cenário político dos trabalhadores, sua organização e a publicização das expressões da questão social, tornava essencial que o Estado burguês considerasse suas demandas para não colocar em xeque a ordem capitalista. Assim, as políticas sociais no capitalismo monopolista podem ser caracterizadas como conquistas dos trabalhadores e de sua organização política e sindical e também concessão do Estado para evitar maiores conflitos. Ressalta-se, ainda, que se não houvesse o ingresso no cenário político dos trabalhadores e suas lutas, o Estado não iria "naturalmente" oferecer a resposta as sequelas da questão social via políticas sociais. Sendo assim, as políticas sociais são resultantes de um processo complexo e intenso de lutas e contradições, sendo expressões também oriundas da capacidade das classes subalternas se organizarem e reivindicarem.


    RESPOSTA: C
  • resultante complexa de um complicado jogo em que protagonistas e demandas estão atravessados por contradições, confrontos e conflitos, portanto decorrem fundamentalmente da capacidade de mobilização da classe operária e do conjunto dos trabalhadores.