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ID
1683979
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Julgue o item a seguir, acerca da educação corporativa.

Segundo a teoria do capital intelectual, quanto maior a escolaridade do indivíduo, maiores serão suas chances de aumento de renda.


Alternativas
Comentários
  • A Teoria do Capital Humano é uma derivação do neoliberalismo, e, “com a crise do modelo taylorista-fordista, ela ressurgiu, associada à redefinição das relações de trabalho na empresa e do papel do sistema educacional. “ (CATTANI, 2002, p. 51). O termo capital humano afirmou que a melhoria do bem-estar dos menos favorecidos não dependia da terra, das máquinas ou da energia, mas sim do conhecimento. Sendo assim quanto mais conhecimento a pessoa tem mais chances ela terá de ter melhores cargos e salários.



  • Gabarito: CERTO


    A relação entre educação e economia é inarredável. Ao longo da história da educação é uma constante a presença de discursos econômicos pautando e mesmo concebendo modelos pedagógicos vinculados a projetos de desenvolvimento. Nesses casos se diz que as perspectivas educacionais, geralmente expressadas em forma de políticas públicas, são teleologicamente definidas por critérios econômicos.

    O que proporcionou um sentido teleológico para a educação voltada às demandas do capitalismo foi o conceito de CAPITAL HUMANO. Para melhor compreender este conceito, convém observar que enquanto Karl Marx, através da interpretação da nova relação entre trabalho e dinheiro, chocava a Europa com obra

    O Capital em 1867, a revolução industrial incutia uma visão diferenciada, apresentando o homem como indispensável ao novo modelo de produção capitalista, dando origem à idéia de recursos humanos ou CAPITAL HUMANO (PONCHIROLLI, 2002).

    Dentro deste contexto, o processo de escolarização começa a ser interpretado como elemento fundamental para a FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO. A educação passou a ser vista, simultaneamente, como o motor das “etapas do crescimento econômico” e do atendimento aos planos de desenvolvimento socialista. As próprias metodologias entrelaçaram-se por que métodos tipicamente capitalistas, como o da demanda social ou da análise custo benefício, passaram a ser usados junto com diagnósticos que pretendiam identificar não só a disponibilidade de força de trabalho qualificada, mas a demanda futura da economia, e projetaram as características do sistema de educação e seu output, de modo a poder propor modificações capazes de oferecer a qualificação necessária no tempo devido.

    O esforço empreendido nesse trabalho foi direcionado para o estudo de influências do capitalismo internacional na educação brasileira nas décadas de 1960 e de 1970, enfocando o discurso de apresentação da teoria do CAPITAL HUMANO como fundamento e teleologia da PEDAGOGIA TECNICISTA. De maneira mais específica, tal estudo se realizou pela a bordagem de aspectos históricos, econômicos e conceituais da teoria do CAPITAL HUMANO, bem como o seu papel nas orientações econômicas aos países subdesenvolvidos no período mencionado; pelo enfoque na configuração da teoria do CAPITAL HUMANO como princípio pedagógico e o direcionamento teleológico que deu à educação escolar brasileira; e no e lenco de críticas ao modelo educacional/escolar pautadas pela teoria do CAPITAL HUMANO e presentes na literatura, desde autores clássicos até contemporâneos brasileiros.


    Fonte: http://www.estudosdotrabalho.org/texto/gt1/a_teoria_do_capital.pdf

  • GABARITO: "C"

     

    Com a mudança do padrão de acumulação, desenvolve-se a Teoria do Capital Intelectual. No paradigma anterior, vigorava a Teoria do Capital Humano (TCH), cujo ideário residia na relação de proporção entre escolaridade e renda, na causalidade entre patrimônio escolar e salário. O capital humano era considerado como um estoque de habilidades, atitudes e valores e de saúde do trabalhador, aliado às metas, objetivos, missão e cultura da empresa. Segundo a Teoria do Capital Humano, quanto maior a educação, a escolaridade, maior a possibilidade de aumento da renda do indivíduo e, consequentemente, do desenvolvimento de uma nação (SCHULTZ, 1973).