A Educação Corporativa consiste em um projeto de formação desenvolvido pelas empresas, que tem como objetivo “ institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, proporcionando a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias empresariais” (Quartiero & Cerny, 2005, p.24).
Segundo Jeanne Meister (1999), a Educação Corporativa é um “guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias da organização” (p.35).
Com a entrada na era industrial, as relações de trabalho foram aos poucos se modificando, e esse treinamento passou a ser demandado de uma forma mais padronizada.
Foi registrado ao redor de 1850 a implementação de treinamento mais formalizado em uma indústria têxtil da Escócia e a GM, já em 1920, incorporou à sua organização, uma escola noturna voltada a indústria automobilística.
Nos anos 20 e 30 da era industrial, o que se via era um viés técnico, voltado para a eficiência destas indústrias que começavam a surgir, buscando uma padronização dos produtos.
Nos anos 40, com uma consolidação maior do mercado surgiu o conceito formal de estrutura de gestão, onde o “gestor” era também responsável por criar normas e manuais que levaram à necessidade de treinamento para que fossem executados dentro dos objetivos da empresa.
Os anos 50, tendo como ícone o Crotonville Institute da GE, difunde-se a importância de treinar e educar como vantagem competitiva no mercado vigente.
No Brasil, essa etapa é marcada pela atuação de entidades como Senai, Cefet e outras escolas técnicas no papel de fornecedores de mão de obra com a qualificação requerida pelas indústrias.
O foco foi então se dividindo aos poucos entre o aprendizado manual (típico da indústria) e o aprendizado intelectual (das áreas de gestão e criação).
No entanto, o descompasso de conhecimento entre mercado de trabalho e instituições de ensino, e muitas vezes as lacunas deixadas pelo ensino formal, adicionado ao entendimento de que a formação de seus “colaboradores” é uma vantagem competitiva, fez com que muitas indústrias e empresas de serviços passassem a incluir dentro de suas organizações a questão da educação corporativa, principalmente ao longo dos anos 80, com o surgimento e fortalecimento das áreas de Recursos Humanos.
Com a internet na década de 90, o ensino corporativo passou a ser compreendido como um fator constante, ou seja, o treinamento e a formação são preocupações constantes em qualquer corporação, e não apenas na entrada de um novo colaborador ou em uma mudança de cargo. Esse aprendizado contínuo deve estar em consonância com os objetivos estratégicos da empresa.
É nesta época que se popularizam as Universidades Corporativas que aos poucos vão substituindo as áreas de Treinamento e Desenvolvimento. A diferença é que elas oferecem toda uma gama de treinamentos e cursos com objetivos alinhados à estratégia do negócio, englobando as diversas trilhas de aprendizado baseadas nas competências desejadas para cada atividade a ser desenvolvida.
E aqui vale um parêntese, a diferença entre treinamento e desenvolvimento:
Treinamento – aquisição de conhecimento para aplicação
Desenvolvimento – processo visando a transformação de atitude/comportamento
Vale a pena ler o artigo na íntegra segue ..link abaixo
Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/hist%C3%B3ria-da-educa%C3%A7%C3%A3o-corporativa-nadine-heisler