Diretriz de Reabilitação Cardíaca
Adaptações ao treinamento aeróbico
Freqüência cardíaca - O treinamento aeróbico reduz tanto a freqüência cardíaca em repouso como durante o exercício realizado em cargas submáximas de trabalho. Esses efeitos parecem ser devidos à redução da hiperatividade simpática, aumento da atividade parassimpática, mudança no marca-passo cardíaco ou mesmo melhora da função sistólica. Apesar de o treinamento físico induzir melhora da potência aeróbica máxima, ele não modifica, de modo apreciável, a freqüência cardíaca máxima. Ou seja, pacientes treinados aerobicamente alcançarão a mesma freqüência cardíaca máxima de antes do treinamento, porém serão necessários níveis mais intensos de esforço para que essa freqüência cardíaca máxima seja alcançada.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2005000500015&script=sci_arttext&tlng=es
A freqüência cardíaca (FC) é mediada primariamente pela atividade direta do sistema nervoso autônomo (SNA), através dos ramos simpático e parassimpático sobre a auto-ritmicidade do nódulo sinusal, com predominância da atividade vagal (parassimpática) em repouso e simpática durante o exercício. O comportamento da FC tem sido amplamente estudado em diferentes tipos e condições associadas ao exercício. Redução do tônus vagal cardíaco e, conseqüentemente, da variabilidade da FC em repouso, independentemente do protocolo de mensuração, está relacionada à disfunção autonômica, a doenças crônico-degenerativas e ao risco de mortalidade aumentado. Indivíduos com boa condição aeróbica tendem a apresentar FC de repouso mais baixa, concomitantemente a maior atividade parassimpática ou menor atividade simpática, mas não se pode afirmar que esta seja uma conseqüência direta do treinamento, pois outras adaptações inerentes ao condicionamento aeróbico podem influenciar o comportamento da FC em repouso.
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v9n2/v9n2a06.pdf