Independentemente do fabricante e da potência da lâmpada, a corrente elétrica de uma LFC típica, no mercado brasileiro, apresenta um alto índice de distorção harmônica.
Verifica-se (pelo espectro da figura que não pôde ser copiada), a forte presença do terceiro harmônico e de seus múltiplos, característica esta geral em muitas cargas não lineares baseadas em retificadores eletrônicos.
No Brasil inúmeras referências e catálogos de fabricantes apresentam Distorção Harmônica Total (THD) de corrente alto para as LFC’s, valores estes que se situam normalmente acima de 100%. A grande maioria das lâmpadas comercializadas no Brasil nem ao menos apresenta na embalagem os valores de THD de corrente, prática comum já há muitos anos nos Estados Unidos e Europa. Como efeito direto da alta distorção de corrente, o fator de potência verdadeiro destas LFC’s fica na faixa de 0,46 a 0,57 enquanto o fator de potência de deslocamento está acima de 0,90, o que configura um maior carregamento do sistema elétrico.
Em um sistema linear, sem distorção, o fator de potência é determinado pela diferença de fase entre a tensão de entrada e a corrente. No entanto, o fator de potência de um dispositivo não linear, que tem uma forma de onda de corrente distorcida, é diferente.
Embora o fator de deslocamento e os níveis harmônicos sejam duas diferentes grandezas, o circuito que reduz os níveis de harmônicas geralmente também traz o fator de deslocamento mais próximo à unidade. Por esta razão, quando as pessoas falam sobre lâmpadas fluorescentes compactas de alto fator de potência, estão geralmente referindo-se às lâmpadas fluorescentes compactas com baixa distorção harmônica.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAehzYAE/harmonicas-geradas-por-lfc-s?part=5