Alternativas
segundo Berger e Luckman, no curso de sua contínua
exteriorização, o homem produz a ordem social. A
atividade humana objetivada é o mundo institucional.
As instituições surgem das tipificações dos hábitos
no decorrer de uma situação social que perdura no
tempo.
a ordem social existe unicamente como produto da
atividade humana.
Hayek propõe uma perspectiva abstrata e geral
e fez com que a sua teoria do mercado como uma
ordem espontânea se situasse para além do campo
econômico ou de qualquer disciplina stricto sensu
e residisse no plano ambicioso de uma teoria da
sociedade: o mercado como ordem social. Hayek
tem como elo teórico o mercado auto-regulável para
a explicação da ordem social capitalista. A distância
que separa cada um de seu sucessor é de um século,
e nos três é possível identificar a compreensão do
objeto, mercado para além dos limites do mecanismo
de oferta e demanda, situando-o no plano de uma
ordem social, ou de uma teoria da sociedade, ou ainda
na forma de organização da sociedade capitalista.
os teóricos ingleses do contrato, como Hobbes e Locke,
se libertaram das restrições tradicionais produzindo
um discurso que tornava a ordem social dependente
da negociação individual e, assim, do contrato social.
Eles podem ser considerados como contratualistas e
a ordem social é baseada em um Contrato Social.
para Durkheim, existem dois tipos de solidariedade
que fundamentam a ordem social. O primeiro tipo
de solidariedade se encontra nas sociedades
antigas, pré-capitalistas, e pode ser chamada de
solidariedade mecânica, que mantém unida a
solidariedade devido aos seus membros possuírem
características idênticas. A coesão ocorre devido à
uniformidade. A solidariedade mecânica fundamenta-se
na semelhança dos membros da sociedade, ou
seja, na uniformidade do comportamento. Nenhum
tipo de divisão de trabalho. Tais sociedades impõem
aos seus membros deveres particularmente rígidos.
Todos devem respeitar as regras estabelecidas
pela autoridade. Ela é baseada exclusivamente na
coerção. O grupo organiza-se como uma verdadeira
comunidade, fundamentada em relações de
parentesco e na preservação da propriedade coletiva.
Quem não respeita as regras é considerado como
ameaça e potencial agressor da ordem social, e
será submetido a uma punição e potencialmente à
exclusão por morte ou por exílio (expulsão física da
sociedade). Ao contrário da solidariedade mecânica, a
sociedade moderna, a partir da Europa industrializada
do século XIX, caracteriza-se pela solidariedade
orgânica. Trata-se de uma sociedade complexa
fundamentada na divisão do trabalho, segundo o
princípio da especialização, e seus laços resultam da
diferenciação, ou se exprimem por seu intermédio.
Não há controle social ou coerção, e a solidariedade
se cria por meio de redes de relacionamento entre
indivíduos e grupos, em que cada um deve respeitar
as obrigações assumidas por contratos garantidos
pelo Estado.