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ID
1759699
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Para responder à questão, considere o poema abaixo.

Outro retrato

O laço de fita
que prende os cabelos
da moça do retrato
mais parece uma borboleta.

Um ventinho qualquer
e sai voando
rumo a outra vida
além do retrato

Uma vida onde os maridos
nunca chegam tarde
com um gosto amargo na boca.
[...]

Onde os filhos não vão
um dia estudar fora
e acabam se casando
e esquecem de escrever

Onde não sobram contas
a pagar nem dentes
postiços nem cabelos
brancos nem muito menos rugas

Um ventinho qualquer...
O laço de fita
prende sempre − coitada! −
os cabelos da moça
                                    (José Paulo Paes) 

Uma redação alternativa, em prosa, para versos do poema, em que se mantêm a correção e a coerência, considerado o contexto, está em: 

Alternativas
Comentários
  • Essa virgula antes de cujo pode? Oração restritiva agorá é antecedida por virgula?

  • Ainda não entendi o erro da letra "A". Alguém poderia ajudar?......

  • Dimas  Pereira creio que o erro está no verbo TENHA: deveria estar no plural.

  • Creio que a primeira virgula, na letra A náo deveria ser empregada.

    Alguem..........

  • Gab: D


    No caso da letra A, eu acredito que o erro esteja na mudança de sentido. Enquanto no poema há: "Onde não sobram contas", na alternativa a) lê-se:  " Onde não se tenha contas a pagar". E "sobrar" é diferente de "não ter". ;)

  • Também não entendo a vírgula na letra D.

  • Em relação à letra A, o erro esta na concordância. O certo seria: "Onde não se tenhaM contas a pagar.". Acredito eu.
  • B- houve hipérbato...

  • o erro da "A" não seria a quebra de paralelismo ( muito conhecido em provas da CESPE), veja que que enumera quatro itens. No segundo para o terceiro não há o uso da conjunção.  

    se não for isso, peço chamar inbox para que possa deletar o post.

  • Também não entendo a vírgula da letra "D"...Alguém?

  • Letra A: Erro de concordância verbal, o se aí é partícula apassivadora, e o verbo deveria estar no plural par concordar com o sujeito, que também está no plural (contas). Letra D: A vírgula está certa, pois o sentido da frase é de que há uma moça apenas, cujos cabelos são de um jeito, ou seja, há um único elemento unitário, que exige oração explicativa. Se não tivesse vírgula - caso em que seria oração restritiva -, o sentido seria de que há mais de uma moça, e o cabelo de uma delas é assim, o que não é o sentido do poema.
  • A) Onde não se tenha contas a pagar, ou dentes postiços, cabelos brancos ou mesmo rugas. - NÃO SE TENHAM

    B) Uma vida cujos maridos não costumam chegar tarde, com um gosto amargo na boca. - ONDE / EM QUE

    C) Um ventinho, qualquer, e sai voando, em direção a vida que se encontra para além do retrato. - À VIDA (CRASE)

    D) Desventurada a moça, cujos cabelos estão sempre presos pelo laço de fita. - CORRETA

    E) Os filhos, onde um dia vão estudar fora, e acabam se casando e esquecendo de escrever. - QUE

     

    BONS ESTUDOS, DEUS ABENÇOE!
    "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." - João 14:26

  • Na letra A, tentei usar aquele macete "Vendem-se casas" .. Casas são vendidas, pra descobrir se é partícula apassivadora mesmo, não consegui... apesar de "ter" ser VTD: Onde não se tenha contas a pagar: contas são tidas.... 

    Acredito que esse SE é parte integrante do verbo, expletivo ou algo assim, mas não partícula apassivadora:

    Um lugar onde não sobram contas a pagar
    Um lugar onde não (se) tenha contas a pagar

     

    Prefiro acreditar em outro comentário que vi aqui, no texto fala onde não sobram contas a pagar,  que muda o sentido em onde não tem contas a pagar.

  • o cujo ta errado, mas não gramaticalmente, 

    no diz " uma vida ONDE os maridos" ou seja da ideia de lugar, e cujo da ideia de posse, então causaria erro  de coerência.

  • O cujo estabelece relação de posse entre  a coisa possuída e o possuidor.

     d) Desventurada a moça, cujos cabelos estão sempre presos pelo laço de fita.

  • A falha na letra A não é justificada pela concordância do verbo ter, uma vez que este está empregado no sentido de existir, logo é impessoal e invariável. A falha ocorre pela vírgula, há um paralelismo que deveria ser registrado assim: "contas a pagar ou dentes postiços, cabelos brancos ou mesmo rugas". A vírgula da letra D separa uma oração explicativa, não é restritiva, pois traz uma explicação acerca da moça do poema;se fosse restritiva, toda moça que tem cabelos sempre presos pelo laço de fita seria desventurada, mas a ideia não é essa, mas que a moça do poema é desventurada, e os seus cabelos estão sempre presos pelo laço de fita.

    Desventurada a moça, cujos cabelos estão sempre presos pelo laço de fita.

  • Acho que o erro da Letra A não é a concordância, uma vez que o termo "contas a pagar" não é sujeito e sim objeto direto, sendo o verbo impessoal. Acredito que o erro está no paralelismo, não devendo ser colocada aquela virgula após "pagar".