- ID
- 1763158
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- UNESP
- Ano
- 2015
- Provas
- Disciplina
- Atualidades
- Assuntos
Nenhum dos filmes que vi, e me divertiram tanto, me
ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana
como os romances de Dostoievski – ou os mecanismos
da vida social como os livros de Tolstói e de Balzac, ou
os abismos e os pontos altos que podem coexistir no ser
humano, como me ensinaram as sagas literárias de um
Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou um
Proust. As ficções apresentadas nas telas são intensas
por seu imediatismo e efêmeras por seus resultados.
Prendem-nos e nos desencarceram quase de imediato,
mas das ficções literárias nos tornamos prisioneiros pela
vida toda. Ao menos é o que acontece comigo, porque,
sem elas, para o bem ou para o mal, eu não seria como
sou, não acreditaria no que acredito nem teria as dúvidas
e as certezas que me fazem viver.
(Mario Vargas Llosa. “Dinossauros em tempos difíceis".
www.valinor.com.br. O Estado de S. Paulo, 1996. Adaptado.)
Segundo o autor, sobre cinema e literatura é correto afirmar
que