A sociedade atual pode ser classificada como uma modernidade líquida (que seria uma substituição do termo “pós-modernidade”, que se tornou muito mais uma ideologia do que um tipo de condição humana, como diz o autor), em contraposição à modernidade sólida que seria a modernidade propriamente dita, da época da guerra fria e das guerras mundiais.
Para o autor, o fim das utopias é a perda do caráter reflexivo em relação a sociedade e, por consequência, a perda da noção de progresso como um bem que deve ser partilhado. A busca do prazer individual é o fim último da sociedade líquida. Bauman explica que a sociedade atual é desregulamentada, pois o mercado é aquilo que dita as regras e as regras do mercado são marcadas pelo objetivo econômico capitalista: a aniquilação dos concorrentes e o sucesso com os consumidores. A vida também passa a ser desordenada, já que não há mais as claras divisões que antecediam a pós-modernidade (como a divisão do bloco comunista e do bloco capitalista).
Uma corrente de incerteza e insegurança guia o sujeito pós-moderno, que não tem mais referencial nenhum para construir sua vida, a não ser ele mesmo.
http://colunastortas.com.br/2014/04/11/zygmunt-bauman-sociedade-liquida/