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Swiss Leaks: entenda a fraude fiscal no HSBC
Criado em 20/02/15 16h35 e atualizado em 20/02/15 23h59
Por Luiz Claudio Ferreira Edição:Portal EBC
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Um escândalo financeiro de repercussão em todo o mundo, que envolve a filial suíça do banco HSBC, tem chamado a atenção tanto pelos valores envolvidos quanto pela relevância das descobertas e do possível desenrolar do caso. Documentos secretos revelaram que a instituição financeira atraiu 106 mil clientes, entre suspeitos de sonegação e de diversos crimes (incluindo traficantes e terroristas) em 203 países entre os anos de 1988 e 2007. A quantia somada chegou a US$ 100 bilhões. Nomes de 8.667 brasileiros estão na lista. Os dados vieram à tona a partir de uma apuração do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ na sigla em inglês), que não divulgou a lista total dos correntistas suspeitos. O caso, chamado de “Swiss Leaks” (que significa vazamentos suíços, em alusão ao projeto Wiki Leaks, de Julian Assange), chamou a atenção de autoridades e organismos de controle em todo o mundo.
A entidade de jornalistas recebeu o material vazado por um ex-funcionário do HSBC, Herve Falciani, para autoridades francesas em 2008. O consórcio e o jornal francês Le Monde enviaram o conteúdo para 140 jornalistas de 45 países. A apuração dos jornalistas aponta que a filial suíça aproveitou-se das falhas nas regras fiscais do país para ajudar quem estivesse disposto a sonegar ou esconder dinheiro. A lista, segundo o ICIJ, inclui artistas, celebridades e esportistas. Apenas 65 nomes foram revelados. Estão entre os suspeitos antigos e atuais políticos da Grã-Bretanha, Rússia, Ucrânia, Geórgia, Quênia, Romênia, Índia, Liechtenstein, México, Líbano, Tunísia, República Democrática do Congo, Zimbábue, Ruanda, Paraguai, Djibouti, Senegal, Filipinas e Argélia. Sobre a divulgação parcial dos dados, o consórcio justifica que apenas nomes de “interesse público” serão revelados.