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ID
1842376
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
UNIPAMPA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em relação aos paradigmas da educação e aos objetivos e conteúdos do ensino e da aprendizagem, julgue o item seguinte.

Educadores influenciados pelos paradigmas educacionais holonômicos buscam restaurar a totalidade do sujeito individual, o que faz que sua prática pedagógica se alinhe aos paradigmas marxistas.

Alternativas
Comentários
  • Errada- Algumas das categorias dos paradigmas holonômicos são: decisão, projeto, ruído, ambiguidade, escolha e síntese. Os paradigmas desejam renovar a totalidade do homem reconhecendo a sua iniciativa e criatividade, valorizando o micro, a convergência e complexidade sem pretender superar os elementos de complexidade, da vida e do real.  Para os holistas os grandes fatores que se estabelecem na sociedade são o imaginário e a utopia,  eles não aceitam uma ordem que destrua o desejo, a paixão e a escuta. Os enfoques clássicos segundo eles banalizam essas ordens que valorizam a socioeconômica, superestrutura, etc

  • PARADIGMAS HOLONÔMICOS *Visão Holística do indivíduo e a perspectiva da melhoria da educação para melhorar a qualidade de vida*
    Apresentam-se os paradigmas Holonômicos. Caracterizam-se em especial pela proposta de uma nova relação entre produção e ser humano, principalmente representado pelo pensamento de Edgar Morin. Aqui o foco do saber não está institucionalizado mas voltado para dentro do próprio ser humano valorizando seus aspectos subjetivos, cotidianos e ocasionais. Destacam-se categorias como: “decisão, projeto, ruído, ambigüidade, finitude, escolha, síntese, vínculo e totalidade”.

    Neste ponto Gadotti reúne algumas categorias e seus representantes. Ainda assim, é possível incluir outras, mas vamos nos deter na proposta do Moacir, pelo menos inicialmente. São as categorias: o "sentido do outro", a "curiosidade" (Paulo Freire), a "tolerância" (Karl Jaspers), a "estrutura de acolhida" (Paul Ricoeur), o "diálogo" (Martin Buber), a "autogestão" (Celestin Freinet, Michel Lobrot), a "desordem" (Edgar Morin), a "ação comunicativa", o "mundo vivido" (Jürgen Habermas), a "radicalidade" (Agnes Heller), a "empatia" (Carl Rogers), a "questão de gênero" (Moema Viezzer, Nelly Stromquist), o "cuidado" (Leonardo Boff), a "esperança" (Ernest Bloch), a "alegria" (Georges Snyders), a unidade do homem contra as "unidimensionalizações" (Herbert Marcuse), etc.

    Aqui Gadotti apresenta novamente a filologia da palavra holonômico, detenhamo-nos:

    Etimologicamente, holos, em grego, significa todo e os novos paradigmas procuram centrar-se na totalidade. Mais do que a ideologia, seria a utopia que teria essa força para resgatar a totalidade do real, totalidade perdida. Para os defensores desses novos paradigmas, os paradigmas clássicos - identificados no positivismo e no marxismo - seriam marcados pela ideologia e lidariam com categorias redutoras da totalidade. Ao contrário, os paradigmas holonômicos pretendem restaurar a totalidade do sujeito, valorizando a sua iniciativa e a sua criatividade, valorizando o micro, a complementaridade, a convergência e a complexidade. Para eles, os paradigmas clássicos sustentam o sonho milenarista de uma sociedade plena, sem arestas, em que nada perturbaria um consenso sem fricções. Ao aceitar como fundamento da educação uma antropologia que concebe o homem como um ser essencialmente contraditorial, os paradigmas holonômicos pretendem manter, sem pretender superar, todos os elementos da complexidade da vida.

    https://sites.google.com/site/arturlopesrs/perspectivas-da-educacao-na-visao-de-moacir-gadotti