Nessa época, os mais expressivos partidários do republicanismo se dividiam em três alas diferentes: militares positivistas, evolucionistas e revolucionários. Os militares positivistas acreditavam que a República seria um passo modernizante à vida política do país na medida em que o novo governo fosse conduzido por uma estrutura de poder centralizada nas mãos dos militares.
Em contrapartida, os chamados evolucionistas, apoiados pelos cafeicultores paulistas, esperavam que o regime republicano instaurasse maiores liberdades políticas e não que o mesmo não fosse criado por meio de grandes agitações. Por fim, manifestando uma ala republicana minoritária, os revolucionários esperavam que o novo regime fosse inspirado na Primeira República Francesa (1792 - 1794), onde os populares tinham significativa participação.
Fonte:http://brasilescola.uol.com.br/historiab/governos-republicanos.htm
A alternativa A está incorreta, pois a instauração da República com a Constituição de 1891 previu a separação do Estado e da Igreja, instituindo o Estado laico no Brasil pela primeira vez.
A alternativa B também está incorreta, pois o federalismo já havia sido previsto na Constituição Republicana de 1891, de tal modo a dar autonomia aos estados da federação brasileira.
A alternativa C é a resposta certa. A República nasceu sob o signo da ordem pública, do liberalismo (mesmo que regressista) e da participação popular (mesmo que excludente). Herdeiros de concepções político-filosóficas de cunho evolucionista que naturalizavam o social, intelectuais e militares que fundaram a República defendiam a tese do progresso ordeiro. O caráter nada revolucionário do movimento republicano brasileiro já era visível no Manifesto Republicano de 1870: seus signatários apresentavam-se "como homens livres e essencialmente subordinados aos interesses da pátria", que não pretendiam convulsionar a sociedade, muito menos romper com a estrutura vigente. Em 15 de novembro de 1889, os membros do recém-criado Governo Provisório afirmam repetidas vezes a defesa da ordem pública como objetivo maior.
A alternativa D também está incorreta, pois as Forças Armadas queriam um Executivo forte, eram contrários à ideia de federação, faziam restrições às eleições diretas, ao sufrágio universal, instituindo a crença em uma via autoritária para a reforma do Estado e da sociedade, e não acreditavam que o liberalismo autêntico, com o Estado mínimo, fosse o caminho para a recuperação do país. Isso, contudo, não estava de acordo com os interesses desenvolvimentistas dos cafeicultores, pois o federalismo, que foi previsto pela Constituição de 1891, era de interesse da classe econômica do café, assim como o liberalismo clássico.
A alternativa E também está incorreto, pois o projeto da República positivista era militarizado, repressivo e baseado no progresso ordeiro. O fato é que nem os militares que se aglutinaram em torno de Deodoro da Fonseca, nem os jovens oficiais que apoiaram Floriano Peixoto foram representantes dos interesses de uma classe social. Inspirados no Positivismo, os tenentes declararam-se "soldados-cidadãos", rebelaram-se contra o governo federal e queriam salvar o país, pondo-o no rumo do progresso técnico e industrial.
Gabarito: C
Fonte: Estratégia Concursos (PDF).